Inglaterra torna-se o primeiro país ocidental a aprovar a vacina Pfizer
Inglaterra torna-se o primeiro país ocidental a aprovar a vacina Pfizer
O Governo britânico anunciou esta quarta-feira a aprovação da vacina contra a covid-19 produzida pela Pfizer e pela BioNTech, adiantando que já estará disponível na “próxima semana”. O processo de vacinação está previsto começar no dia 7 de dezembro.
“O governo aceitou hoje a recomendação da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) para aprovar o uso da vacina covid-19 da Pfizer/BioNTech”, disse um porta-voz do executivo citado pela agência Lusa.
Esta decisão "segue-se a meses de rigorosos ensaios clínicos e a uma análise minuciosa dos dados por peritos da Autoridade Reguladora dos Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) que concluíram que a vacina cumpriu as suas rigorosas normas de segurança, qualidade e eficácia", disse o mesmo porta-voz à BBC.
O facto dos ingleses terem "vencido" aos Estados Unidos da América na corrida à aprovação de emergência das vacinas, sendo esta em específico co-desenvolvida por uma empresa americana, pode, segundo o New York Times, intensificar a pressão sobre os reguladores dos EUA, que "já estão sob fogo da Casa Branca por não se moverem mais depressa para levar doses às pessoas".
A pressa na corrida à vacinação tem suscitado um debate global sobre como pesar a necessidade desesperada de uma vacina com o imperativo de garantir às pessoas que estas são seguras. A Rússia e a China já aprovaram vacinas sem esperar pelos resultados de testes de eficácia em larga escala, uma decisão que os cientistas, em alguns casos, afirmaram apresentar sérios riscos.
O facto da vacina Pfizer-BioNTech requisitar que o seu transporte seja feito a temperaturas muito baixas (-70C), está a ditar quem será vacinado primeiro. As pessoas mais velhas e residentes em lares, incluindo os funcionários, estão primeiro na fila para a imunização "e depois descem essencialmente na faixa etária", disse Hancock à BBC. O pessoal do Serviço Nacional de Saúde segue-se na lista de prioridade, bem como os que se encontram em estado clínico extremamente vulnerável.
"O objetivo será vacinar através do NHS em todo o Reino Unido tão rapidamente quanto a empresa possa fabricar. Ajudará a salvar vidas. Assim que tivermos protegido os mais vulneráveis, ajudar-nos-á a todos a voltar ao normal e a voltarmos a fazer algumas coisas que amamos", concluiu o porta-voz.
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