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"Incidente infeliz". Míssil que atingiu Polónia era ucraniano
Mundo 2 min. 16.11.2022
Guerra na Ucrânia

"Incidente infeliz". Míssil que atingiu Polónia era ucraniano

Przewodow, Polónia.
Guerra na Ucrânia

"Incidente infeliz". Míssil que atingiu Polónia era ucraniano

Przewodow, Polónia.
AFP
Mundo 2 min. 16.11.2022
Guerra na Ucrânia

"Incidente infeliz". Míssil que atingiu Polónia era ucraniano

Ana Patrícia CARDOSO
Ana Patrícia CARDOSO
A confirmação chegou através da presidência dos Estados Unidos e a NATO já corroborou os acontecimentos, pedindo calma neste que deverá ser o momento mais tenso desde o início da guerra, em fevereiro.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, terá dito aos líderes aliados que estão reunidos em Bali, Indonésia, que o míssil que matou duas pessoas na Polónia era um míssil de defesa aérea ucraniano.


A polícia investiga o local onde um ataque de mísseis matou duas pessoas na aldeia de Przewodow, no leste da Polónia, perto da fronteira com a Ucrânia.
Joe Biden: "É improvável que mísseis na Polónia tenham sido disparados a partir da Rússia"
Já o Presidente ucraniano considera que ato é uma mensagem da Rússia para os líderes do G20. Investigação sobre o lançamento dos mísseis.

Anteriormente, Biden tinha já tinha avançado publicamente que era pouco provável que o míssil tivesse sido disparado da Rússia. 

A ministra da Defesa da Bélgica, Ludivine Dedonder, confirmou também no Twitter que as "informações atuais" apontam para que a explosão na vila polaca se deva "ao resultado da defesa aérea ucraniana" - excluindo, portanto, a teoria de um ataque russo. 

O presidente polaco, Andrzej Duda, confirmou esta posição devido à inexistência de "sinais de ataque intencional contra" o território. Citado pela Reuters, o chefe de Estado esclarece que o míssil era, de facto, de fabrico russo, mas que o lançamento não terá tido origem no país. "Foi, provavelmente, um incidente infeliz", garantiu. 

O Secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, já veio confirmar publicamente esta versão dos acontecimentos, afirmando que "não é culpa da Ucrânia", país que continuam a apoiar, uma vez que terá sido um míssil que interceta outro da Rússia, num momento em que a Ucrânia foi atingida por cerca de 100 mísseis russos na terça-feira, o maior ataque desde o início de outubro. 

Ucrânia em alerta

As sirenes de aviso de ataques aéreos soaram esta manhã em todas as regiões da Ucrânia a pedido da força aérea, um dia depois de múltiplos ataques russos contra infraestruturas de energia. Na sequência do pedido, as cerca de 20 regiões da Ucrânia estavam em alerta pouco depois de 10h locais, avança a AFP.

O ataque seguiu-se à reconquista de parte da região de Kherson, na semana passada, na sequência de uma contraofensiva ucraniana iniciada depois de Kiev ter recebido armamento dos seus aliados europeus. Kherson é uma das quatro regiões ucranianas anexadas pela Rússia desde que invadiu o país vizinho, em 24 de fevereiro deste ano, juntamente com Zaporijia, Donetsk e Lugansk.

Os ataques russos de terça-feira deixaram o fornecimento de energia numa situação crítica, disse a presidência ucraniana.

Também há avisos de novos cortes de energia de emergência em toda a Ucrânia, noticiou a agência espanhola EFE. A operadora de energia ucraniana Ukrenergo disse que o tempo frio estava a complicar ainda mais a situação e a reparação das infraestruturas afetadas, e pediu à população que se prepare para mais restrições.

A Ukrenergo aconselhou os ucranianos a carregar baterias e dispositivos, sempre que possível, para poderem manter o contacto com familiares. Pediu, no entanto, que poupem no consumo para preservar a “estabilidade do sistema energético”, depois do que Kiev considera tratar-se de ataques coordenados contra as infraestruturas críticas do país.


(Com agências*)

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