Há ucranianos a fabricar cocktails molotov em casa. Governo apoia
Há ucranianos a fabricar cocktails molotov em casa. Governo apoia
À medida que as tropas russas chegam a Kiev, capital da Ucrânia, o Governo Ucraniano pede a quem ficou na cidade para se proteger, mas também para se preparar para enfrentar a gigante máquina de guerra russa.
O próprio Ministério da Defesa da Ucrânia exortou, através das redes sociais, que os ucranianos ajudem a "neutralizar o ocupante". "Em Obolon. Pedimos aos cidadãos que informem sobre o movimento do equipamento! Façam cocktails Molotov, neutralizem o ocupante! Residentes pacíficos - tenham cuidado! Não saiam de casa!", lê-se na mensagem.
Daria Mitiuk, uma produtora de 28 anos, que passou a noite num bunker com a família, passou o dia de sexta-feira a preparar cocktails molotov caseiros para se defenderem, caso chegue a esse ponto. "Não vou sair do país, não vou fugir. Confio no meu povo, confio no meu país" diz ao Contacto esta ucraniana ao mesmo tempo que envia imagens da preparação dos cocktails molotov.
As autoridades também estão a distribuir armas à população. De acordo com informações vinculadas por Vadym Denysenko, conselheiro do Ministério do Interior, milhares de armas foram distribuidas a todos os voluntários, mas este pede para que estas não sejam divulgadas nas redes sociais. "Isso é necessário para proteger a nossa cidade", disse.
Derrubem o vosso presidente
Numa jogada em contramão, Vladimir Putin pediu aos militares ucranianos para "tomarem o poder" em Kiev, derrubando o Presidente Volodymyr Zelensky e a sua equipa, que descreveu como "neo-nazis" e "viciados em drogas". "Tomem o poder nas vossas mãos. Parece-me que será mais fácil negociar entre mim e vocês”, lançou Putin ao exército ucraniano numa intervenção transmitida pela televisão russa, afirmando não combater unidades do exército, mas formações nacionalistas que se comportam “como terroristas” usando civis “como escudos humanos".
Putin também classificou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e os seus ministros como “uma panelinha de viciados em drogas e neonazis, que se estabeleceram em Kiev e fizeram refém todo o povo ucraniano”.
(*com agências)
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