Fotos. Milhares de franceses na rua contra o aumento da idade da reforma
AFP
Segundo os principais sindicatos, houve "mais pessoas" a manifestarem-se contra a reforma do sistema de pensões do que a 19 de janeiro.
O secretário-geral da Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT), Laurent Berger, disse esta terça-feira, pouco antes do início da marcha de Paris, que havia "mais pessoas" nas ruas do que durante o último dia de mobilização contra a reforma das pensões no dia 19 de janeiro.
"A informação que nos chega de toda a França é de números muito, muito grandes, tão bons ou melhores do que a 19 de janeiro", referiu, juntamente com os seus homólogos de outros sindicatos atrás da mesma bandeira no segundo dia de mobilização: "Não à reforma das pensões, não a trabalhar mais tempo".
"O que estamos à espera agora é que o governo reabra o processo e desista dos 64 anos e finalmente se sente à mesa connosco, porque há uma rejeição massiva da sua reforma. Tem de ouvir", defendeu o líder do maior sindicato de França.
20
Manifestante mostra cartaz que diz: "O trabalho aos jovens e a reforma aos velhos", em Perpignan
Foto: Raymond ROIG/AFP
Fotogaleria
Faça deslizar a página até abaixo para ver mais imagens.
Manifestante mostra cartaz que diz: "O trabalho aos jovens e a reforma aos velhos", em Perpignan
Foto: Raymond ROIG/AFP
Cartaz da associação Act Up onde se lê: "Para Macron/Borne, um(a) reformado(a) bom é um reformado(a) morto(a)"
Foto: Lionel BONAVENTURE/AFP
Um ciclista com uma faixa que diz: "Quem semeia a miséria, recolhe a revolta"
Foto: Loic VENANCE/AFP
O CGT esteve em peso em Toulouse
Foto: Lionel BONAVENTURE/AFP
Manifestação em Nantes
Foto: Loic VENANCE/AFP
Participantes da greve em Marselha
Foto: Nicolas TUCAT/AFP
Sindicalistas da Força Operária em Marselha
Foto: Nicolas TUCAT/AFP
Manifestantes em Perpignan
Foto: Raymond ROIG/AFP
Manifestante segura cartaz onde se lê: "Trabalhar até ao fim, não é complicado", em Laval
Foto: Jean-François MONIER/AFP
Um boneco em forma de esqueleto com uma t-shirt onde se lê: "Hector, recém-reformado", em Perpignan
Foto: Raymond ROIG/AFP
Manifestantes em Bordéus
Foto: Philippe Lopez/AFP
Manifestantes em Bordeaux
Foto: Philippe Lopez/AFP
Franceses com faixa onde se lê "não à reforma Macron", em Mende
Foto: Pascal GUYOT/AFP
"Aumentem os salários, não a idade da reforma", pedem os manifestantes em Paris
Foto: Alain JOCARD/AFP
Manifestantes em Estrasburgo
Foto: Frederick FLORIN/AFP
Polícia de choque em confronto com manifestantes, em Nantes
Foto: Loic VENANCE/AFP
Polícia de choque em confronto com manifestantes, em Nantes
Foto: Loic VENANCE/AFP
Manifestantes em Paris
Foto: Julien DE ROSA/AFP
Cartaz onde se lê "Reforma antes da artrite", em Toulouse
Foto: Lionel BONAVENTURE/AFP
Cartaz onde se lê "Metro, trabalho, caixão", em Paris
Foto: Lionel BONAVENTURE/AFP
Sindicatos ameaçam reconduzir greves
"DE todo o feedback que tenho, é mais [gente] do que no dia 19", acrescentou o seu homólogo da Confederação Geral do Trabalho (CGT), Philippe Martinez. "Se o governo e o Presidente da República continuarem com este tom desdenhoso das mobilizações, será necessário endurecer o tom, e coloca-se a questão das greves reconduzidas", advertiu.
Para François Hommeril (CFE-CGC, Confederação Francesa de Executivos-Confederação Geral de Executivos), "é encorajador, podemos ver que o movimento está a criar raízes, e ao mesmo tempo não é surpreendente, dadas as sondagens". "Há um apoio ultra maioritário no país a este movimento que luta contra o aumento da reforma para 64 anos", explicou.
Segundo a AFP, vários milhares de franceses saíram à rua esta terça-feira um pouco por todo o país. Na capital, foram dezenas de milhares, mas noutras cidades, como por exemplo Marselha, foram 40 mil, em comparação com as 26 mil que tinham aderido à manifestação anterior.
Quase metade dos comboios de todo o país foram hoje novamente cancelados e, na capital, apenas duas linhas de metropolitano estão a operar normalmente.
Contra a reforma das pensões, cerca de 806 mil pessoas saíram em protesto em todo o país. A ordem é "parar tudo" até, pelo menos, segunda-feira. Há sindicatos dispostos a prolongar.