Exército israelita mata jovem na Cisjordânia e volta a atacar Gaza
Exército israelita mata jovem na Cisjordânia e volta a atacar Gaza
Um homem palestiniano foi morto pelo exército israelita na Cisjordânia ocupada (West Bank) este sábado, segundo anunciou o ministério da Saúde palestiniano, no que o exército israelita descreveu como um "confronto violento" entre palestinianos e colonos ilegais judeus, noticiou a AFP.
O ministério disse que Mohammad Fareed Hasan, de 21 anos, foi morto na sua aldeia de Qusra, perto de Nablus. O jovem terá sofrido um grave ferimento de bala no peito pelo exército de ocupação israelita e colonos ilegais, e foi declarado morto alguns minutos mais tarde. Dois outros palestinianos foram também alvejados e feridos no pé enquanto se defendiam de um ataque de colonos israelitas estremistas.
Sem comentar diretamente esta informação, o exército israelita disse que interveio devido a um "confronto violento entre dezenas de palestinianos e colonos israelitas perto da aldeia de Qusra (...) durante o qual ambos os lados atiraram pedras um contra o outro".
Segundo a agência de notícias palestiniana, WAFA, O Ministério dos Negócios Estrangeiros e Expatriados apelou este domingo a uma investigação internacional sobre o assassinato do jovem palestiniano. "Estes ataques e crimes reflectem uma partilha flagrante e clara de papéis entre o exército de ocupação israelita e as milícias de colonos, as suas organizações e associações terroristas", disse o ministério numa declaração.
"A comunidade internacional, as Nações Unidas e o Conselho de Segurança das Nações Unidas são obrigados a quebrar este mecanismo impotente para lidar com as violações da ocupação israelita contra o povo palestiniano, traduzindo as exigências, apelos e condenações internacionais em medidas práticas dissuasoras". O ministério considerou o governo de ocupação israelita totalmente responsável pelo último crime e pelas violações em curso contra o povo palestiniano, os seus pertences e os seus lugares santos.
Israel também atacou alvos na Faixa de Gaza no sábado depois de balões incendiários terem sido lançados do enclave palestiniano nos últimos dias, causando incêndios em Israel, de acordo com os militares israelitas. Os aviões de caça israelitas atingiram um local de fabrico de armas e um lançador de foguetes pertencente ao Hamas", disse o exército israelita à agência.
Os alvos atingidos foram a oeste da cidade de Gaza e no norte da Faixa de Gaza, sem relatórios imediatos de feridos, de acordo com testemunhas e fontes de segurança.
Na quinta-feira, quatro pequenos incêndios causados por balões incendiários enviados de Gaza foram colocados sob controlo na área de Eshkol. Israel realizou ataques aéreos em Gaza durante a noite, não havendo registo de feridos, de acordo com fontes de segurança no movimento islamista dominante do enclave palestiniano Hamas que declarou que Israel tinha como alvo os locais de formação do Hamas.
A 18 de junho, a força aérea israelita bombardeou o micro-território palestiniano de dois milhões de pessoas pela mesma razão.
Um frágil cessar-fogo terminou uma blitzkrieg de 11 dias, com início a 10 a 21 de maio, entre o estado judeu e o Hamas, depois de Israel ter atacado os fieis palestinianos em Al-Aqsa, Jerusalem, e pela violência em resposta aos protestos pacíficos contra a expulsão das famílias palestinianas do bairro de Sheikh Jarrah, na Jerusalem Oriental ocupada. O Hamas avisou formalmente que responderia com rockets, caso Israel continuasse os ataques e Israel ignorou o aviso e continuando a investida.
Deu-se então início a um ataque do Hamas que acabaria por matar 12 israelitas, duas das quais crianças. A campanha militar de bombardeamento de Gaza por Israel durou 11 dias e matou 248 pessoas, 65 das quais crianças.
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