EUA voltam a aplicar sanções ao Irão
EUA voltam a aplicar sanções ao Irão
Restrições no campo da indústria automóvel ou na aquisição de dólares, limitando as ações de compra e venda de metais preciosos no mercado internacional, são algumas das sanções que, a partir de hoje, os Estados Unidos voltam a aplicar ao Irão, depois da rejeição norte-americana ao acordo nuclear que Trump anunciou em maio.
Ontem, o líder iraniano, Hassan Rouhani, rejeitara a disponibilidade que o presidente dos EUA manifestara para negociar, argumentando que "não se negoceia com alguém ao mesmo tempo que se lhe espeta uma faca nas costas". Qualquer conversação teria sempre de passar pela "inexistência de pré-condições", conforme disse em entrevista à televisão estatal.
John Bolton, conselheiro de Trump na área da segurança, afirmou à CNN que o simples anúncio do regresso das sanções feito há meses pelo presidente norte-americano "já produziu efeitos", uma vez que o regime de Teerão enfrenta "a contestação do povo". Acrescentando que tem procurado apoio dos "amigos europeus", Bolton referiu que estes têm "diminuído os seus negócios com o Irão".
Mas os países da União Europeia tentaram demover Trump da decisão de anular a sua participação no acordo nuclear, lamentaram essa atitude e têm manifestado a opinião de que o acordo "está a funcionar". Donald Trump admitiu mesmo a imposição de sanções a empresas europeias caso estas continuassem a negociar com os iranianos.
Bolton sublinhou que, tal como os europeus, os Estados Unidos não querem que o Irão desenvolva o seu programa nuclear, mas relembrou que quaisquer negociações com Teerão terão de passar por diversas questões. "Se os iranianos estiverem mesmo dispostos a deixar de exercer uma influência maligna no Médio Oriente, se deixarem de apoiar o terrorismo, tenho a certeza que vão encontrar do lado do presidente toda a disponibilidade para o diálogo", disse à CNN.
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