Espanha enfrenta os efeitos da neve e do gelo
Espanha enfrenta os efeitos da neve e do gelo
Espanha enfrenta por estes dias um dos invernos mais frios de que há memória nas últimas cinco décadas. Na última semana, foram batidos vários recordes nos registos de baixas temperaturas e a tempestade Filomena não deu tréguas num país que bate os dentes de frio.
Esta terça-feira, segundo dados provisórios fornecidos pelas autoridades meteorológicas, a temperatura mais baixa foi medida às nove horas da manhã na cidade de Bello, em Teruel, onde os termómetros caíram para -25,4 ºC.
Depois da neve, é o manto branco transformado em gelo que preocupa as autoridades num país pouco habituado a lidar com estas temperaturas. O Aeroporto de Barajas, em Madrid, continua sem atividade e 116 estradas estão intransitáveis. Noutras 210, é obrigatório o uso de correntes. Entre as várias medidas anunciadas, Madrid suspendeu as aulas até segunda-feira e o Governo pediu à população que ficasse em casa.
São vários os apelos dos hospitais, já a braços com a pandemia, que vêem agora os serviços de traumatologia cheios de pacientes vítimas de quedas por causa do gelo. No Hospital Gregorio Marañon, em Madrid, dos 130 casos urgentes atendidos, 85 eram precisamente por quedas, das quais 40% diziam respeito a algum tipo de fratura, de acordo com o El País.
Nas ruas, centenas de militares tentam desimpedir as vias. Por exemplo, na rede ferroviária os obstáculos são ainda muitos. Só nas últimas 24 horas, foi retirada neve de 12.100 quilómetros. Há ainda tribunais fechados e houve apagões e falta de água em estabelecimentos prisionais.
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