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Erdogan diz que EUA perderam papel de mediador no Médio Oriente
Mundo 2 min. 14.05.2018 Do nosso arquivo online

Erdogan diz que EUA perderam papel de mediador no Médio Oriente

Recep Tayyip Erdogan

Erdogan diz que EUA perderam papel de mediador no Médio Oriente

Recep Tayyip Erdogan
AFP
Mundo 2 min. 14.05.2018 Do nosso arquivo online

Erdogan diz que EUA perderam papel de mediador no Médio Oriente

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou hoje, em Londres, que os EUA tinham perdido "o seu papel de mediador" no Médio Oriente, depois da sua decisão de transferir a embaixada de Telavive para Jerusalém.

"Rejeitamos esta decisão que viola o direito internacional e as resoluções das Nações Unidas", declarou Erdogan, no segundo dia da sua visita ao Reino Unido, durante uma palestra no centro de reflexão Chatham House.

O chefe de Estado acrescentou que "com esta decisão, os EUA escolheram serem uma parte do problema e perderam o seu papel de mediador no processo de paz" no Médio Oriente.

Erdogan exportou ainda a comunidade internacional a "desempenhar o seu papel o mais rapidamente possível" e a tomar medidas para acabar com "a agressão crescente de Israel".

Reafirmou ainda que "a criação de um Estado palestiniano independente, com Jerusalém como capital" é "a única solução para uma paz durável".

Os EUA inauguraram hoje a sua nova embaixada em Jerusalém, depois de Donald Trump ter decidido transferi-la de Telavive, no dia em que foram mortos 52 palestinianos pelos militares israelitas, durante manifestações de protesto na Faixa de Gaza.

África do Sul retira embaixador em Israel e condena repressão

A África do Sul anunciou hoje que retira o seu embaixador de Israel, numa condenação do que diz ser o "último ato de agressão violenta" da repressão dos protestos palestinianos pela mudança da embaixada dos EUA para Jerusalém.

"Por causa da grave e indiscriminada natureza do último ataque israelita, o Governo sul-africano decidiu retirar o embaixador Sisa Ngombane com efeito imediato", comunicou o Departamento de Relações Internacionais, em comunicado.

O executivo do Presidente Cyril Ramaphosa condenou em "termos mais enérgicos" os incidentes de hoje na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, que provocou 52 mortos e pelo menos cerca de 2.000 feridos.

A África do Sul recordou que defende a retirada total das forças armadas israelitas da Faixa de Gaza por "um permanente obstáculo mais para a resolução do conflito, que deve chegar através de dois Estados, Israel e Palestina, coexistindo lado a lado e em paz".

Por isso, o Governo da África do Sul junta-se às vozes da comunidade internacional que pedem para que as mortes de palestinianos sejam investigadas.

O balanço de vítimas mortais palestinianas de hoje torna a jornada mais mortífera do conflito israelo-palestiniano, depois da guerra do verão de 2014 no enclave.

A questão de Jerusalém, que esteve na base dos protestos de hoje, é uma das mais complicadas e delicadas do conflito israelo-palestiniano, um dos mais antigos do mundo.

Israel ocupa Jerusalém Oriental desde 1967 e declarou, em 1980, toda a cidade de Jerusalém como a sua capital indivisa.

Os palestinianos querem fazer de Jerusalém oriental a capital de um desejado Estado palestiniano, coexistente em paz com Israel.

Jerusalém é considerada uma cidade santa para cristãos, judeus e muçulmanos.

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