Em França, as companhias aéreas prometem greves para o Natal e Ano Novo
Em França, as companhias aéreas prometem greves para o Natal e Ano Novo
Em França, instaurou-se a incerteza sobre o número de voos disponíveis durante a época natalícia. Tudo porque aumentam as ameaças de greve em várias companhias que voam a partir dos aeroportos franceses.
Depois da Air France confirmar a greve dos assistentes de bordo, entre 22 de dezembro e dois de janeiro, também os da companhia aérea EasyJet France ameaçam seguir o mesmo caminho.
Apesar de ainda não existir um aviso formal de greve na transportadora de baixo custo, os sindicatos e gestão da EasyJet confirmaram o fracasso das negociações anuais obrigatórias, explicou William Bourdon, delegado do Sindicato Nacional da Tripulação de Cabine (SNPNC-FO).
Segundo Bourdon, exigem aumentos em função da inflação e o aumento que a EasyJet propõe é "inferior a 6%" na remuneração total. Ao mesmo tempo "a companhia optou por mudar a seguradora do nosso seguro de saúde", ou seja, "os aumentos das contribuições que sofreremos em janeiro como resultado destas más escolhas não serão compensados. No seguro previdente, temos +94%", afirmou à AFP o delegado.
Nesta segunda-feira, foi aberto um "processo de resolução de conflitos" entre a direção da Easyjet e os sindicatos, mas Bourdon disse estar pessimista quanto ao resultado destas discussões: "Não está a correr bem", afirmou.
A EasyJet France permanece "sempre numa lógica de diálogo", disse o seu diretor-geral Bertrand Godinot à AFP, afirmando estar "muito desapontado com o facto do SNPNC estar a ameaçar publicamente tomar os clientes como reféns para a época festiva enquanto as discussões ainda estão em curso".
Foi oferecida aos sindicatos "uma oferta muito competitiva superior à inflação média dos últimos 12 meses, e infelizmente esta oferta foi rejeitada", continuou. As exigências dos sindicatos estão "sem dúvida bastante desligadas da realidade económica da empresa", lamenta, para acrescentar: "Acabamos de viver a maior crise da nossa história, perdemos dinheiro durante os três anos anteriores, ainda estamos numa situação frágil". "Estamos obviamente a fazer o nosso melhor para evitar qualquer greve que possa ter impacto na [vida dos] nossos clientes", prometeu Godinot.
A EasyJet emprega 1.800 pessoas com contratos franceses, incluindo 1.000 hospedeiras de bordo.
Outro conflito social na indústria aérea poderá explodir na mesma altura: os pilotos da Air Guyane e da Air Antilles anunciaram na semana passada uma greve de 17 a 22 de dezembro, para exigir "condições de trabalho justas e equitativas".
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