De 12 para 17. Tribunal aumenta pena de Lula da Silva
De 12 para 17. Tribunal aumenta pena de Lula da Silva
Por 3 votos a 0, o Tribunal de segunda instância de Curitiba decidiu alargar a condenação de Luiz Inácio da Silva no caso do "sítio" de Atibaia de 12 anos e 11 meses de prisão para 17 anos e um mês.
Os juizes da 8ª. Secção do Tribunal Regional Federal da 4ª. Região (TRF4), João Pedro Gebran Neto, Leandro Palsen e Carlos Thompson Flores consideraram o antigo Presidente do Brasil culpado pelos crimes de corrupção e branqueamento de capitais, num processo sobre as obras numa casa de campo numa quinta no interior de São Paulo, que os procuradores da operação Lava Jato afirmam terem sido feitas pelas construtoras Odebrecht e OAS em troca de favores políticos.
Segundo a acusação, Lula da Silva terá usado a sua influência para manter funcionários em cargos importantes da Petrobras que alegadamente foram responsáveis por cometer atos ilícitos a favor de duas empresas em contratos com a estatal petrolífera brasileira.
Os investigadores também sustentam que o "sítio" pertence a Lula da Silva, apesar de estar registado no nome do empresário Fernando Bittar.
Livre até ao veredito final
Até ao desfecho dos processos que correm nos tribunais do Brasil, Luiz Inácio da Silva vai continuar em liberdade depois do Supremo Tribunal Federal se ter pronunciado contra a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância e ter determinado a sua libertação no início do mês.
No mesmo dia em que viu a pena aumentada, Lula falou ao El País sobre os planos para reconstituir o PT para as presidenciais de 2022. Certo é que, o antigo presidente está impedido de se candidatar a qualquer cargo público, no âmbito da Lei Ficha Limpa.
Só terá possibilidade de voltar à vida política se o Supremo Tribunal Federal anular as condenações no âmbito das ações de suspeição dos investigadores da Lava Jato e do juíz Sérgio Moro que acusam de não ter sido isento.
Se as condenação de Lula cairem os processos voltam à estaca zero, abrindo a possibilidade a um lugar do fundador do PT na próxima disputa presidencial.
