"Czar obviamente louco”. Navalny apela a russos que protestem diariamente contra a guerra
Guerra na Ucrânia
"Czar obviamente louco”. Navalny apela a russos que protestem diariamente contra a guerra
Alexei Navalny.
Foto: AFP
O opositor russo encorajou os seus compatriotas a sair à rua para contestar a “guerra agressiva” iniciada por Putin, que apelida de “czar obviamente louco”.
O conhecido opositor russo encorajou os seus compatriotas a sair à rua todos os dias para contestar a “guerra agressiva” iniciada por Putin, que apelida de “czar obviamente louco”.
"Alexei Navalny apelou a todos que saiam à rua em protesto contra a guerra durante a semana às 19h00 e ao fim de semana às 14h00", escreveu Kira Yarmysh, porta-voz de Navalny, na sua conta de Twitter. "[Ocupem] as praças principais e as embaixadas das vossas cidades, onde quer que estejam".
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O próprio Navalny sublinhou, numa série de tweets, que a "Rússia quer ser uma nação de paz", ao contrário da sua atual liderança. "Não podemos tornar-nos num país de pessoas amedrontadas e caladas. De cobardes que fingem não notar a guerra agressiva contra a Ucrânia desencadeada pelo nosso czar obviamente louco", elaborou.
"A Rússia não é Putin"
O crítico do Kremlin reiterou que "a Rússia não é Putin" e deixou elogios aos milhares de russos que foram detidos em manifestações anti-guerra desde a semana passada. "Se há algo na Rússia de que nos devemos orgulhar, é destas 6824 pessoas que foram presas porque – sem qualquer apelo – saíram à rua com cartazes a dizer ‘Não à guerra’".
O movimento político de Navalny já tinha convocado uma campanha de desobediência civil contra a invasão russa.
Alexei Navalny é o maior opositor de Vladimir Putin e foi preso no ano passado após regressar da Alemanha, onde esteve a ser tratado depois de uma tentativa de envenenamento por novichok, uma substância química altamente tóxica cuja utilização está proibida desde 2019.
Atualmente, cumpre uma pena de três anos e meio em Pokrov, cidade que fica entre três a quatro horas de Moscovo, por uma acusação antiga de violação dos termos de liberdade condicional de uma sentença de 2014. O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos já classificou esta condenação como ilegal.
O opositor russo Alexei Navalny compareceu hoje em tribunal, acusado de ter violado um controlo judicial, um caso que o pode atirar para a prisão por vários anos, apesar da pressão ocidental e do movimento de protesto na Rússia.
De Moscovo a Novosibirsk, a equipa do ativista anticorrupção fez apelos para que as pessoas saíssem às ruas em 65 cidades russas para protestarem contra a prisão de Navalny.
O dirigente da oposição russa Alexei Navalny pode ser preso quando regressar à Russia no domingo por ter sido emitido um mandado de busca e captura pelas autoridades de Moscovo, indica hoje o jornal oficial Rossiskaya Gazeta.
Navalny encontra-se atualmente na Alemanha, para onde foi enviado após ter entrado subitamente em estado de coma e laboratórios ocidentais concluíram que terá sido envenenado por um agente neurotóxico produzido na antiga União soviética.
Apesar de as autoridades terem abolido a política de filho único em 2016, permitindo até três crianças por casal, os nascimentos continuaram a diminuir nos últimos cinco anos.
Em dezembro de 2020, um homem avançou com um carro por uma zona pedestre da cidade alemã, matando cinco pessoas e ferindo mais de uma dezena. Um ano depois do processo judicial é conhecida a sentença.
Apesar de as autoridades terem abolido a política de filho único em 2016, permitindo até três crianças por casal, os nascimentos continuaram a diminuir nos últimos cinco anos.
Em dezembro de 2020, um homem avançou com um carro por uma zona pedestre da cidade alemã, matando cinco pessoas e ferindo mais de uma dezena. Um ano depois do processo judicial é conhecida a sentença.