Escolha as suas informações

Cidadãos luso-russos podem ser mobilizados para a guerra
Mundo 2 min. 29.09.2022
Guerra na Ucrânia

Cidadãos luso-russos podem ser mobilizados para a guerra

Reservistas abrangidos pela mobilização parcial depois de uma cerimónia de despedida em Sevastopol, Crimeia, a 27 de setembro.
Guerra na Ucrânia

Cidadãos luso-russos podem ser mobilizados para a guerra

Reservistas abrangidos pela mobilização parcial depois de uma cerimónia de despedida em Sevastopol, Crimeia, a 27 de setembro.
Foto: AFP
Mundo 2 min. 29.09.2022
Guerra na Ucrânia

Cidadãos luso-russos podem ser mobilizados para a guerra

Lusa
Lusa
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português alerta que os cidadãos luso-russos caso sejam mobilizados para o Exército russo, e consequentemente para a guerra na Ucrânia, não terão proteção consular, devido à legislação russa.

"Alerta-se que os duplos nacionais luso-russos são considerados, pelas autoridades russas, apenas como cidadãos russos. Assim, na eventualidade de serem mobilizados, não poderão solicitar proteção consular junto da Embaixada, invocando dupla nacionalidade, por esta não ser reconhecida na Rússia", refere uma nota informativa publicada no Portal das Comunidades com data de 26 de setembro.


Rússia deixa de emitir passaportes para pessoas mobilizadas
A decisão foi avançada pelo Governo russo numa altura em que milhares de pessoas procuram sair do país.

"Reitera-se a recomendação para que sejam evitadas deslocações à Rússia e para que cidadãos nacionais que se encontram no país, por razões não essenciais, ponderem sair pelas alternativas disponíveis", adianta o ministério.

 A 21 de setembro de 2022, as autoridades russas decretaram uma mobilização militar, com efeitos imediatos.

Fronteiras russas com controlo acrescido

"Desde aquela data, as saídas da Rússia por via terrestre e aérea encontram-se sobrecarregadas e estão sujeitas a controlo acrescido nas fronteiras", diz ainda a nota publicada no Portal das Comunidades.

 O anúncio de Moscovo da mobilização de 300 mil reservistas, feito na semana passada, está a desencadear o êxodo de um grande número de homens russos em idade militar que se recusam a lutar na Ucrânia, alvo de uma ofensiva militar russa desde fevereiro passado.

Estes homens estão a fugir do país em direção à Turquia, Geórgia, Arménia, Mongólia, Cazaquistão e Finlândia.


Homem russo aguarda com o passaporte alemão na fronteira com a Finlândia.
10 anos de prisão. Rússia aumenta penas por rendição ou recusa em combater
Putin decreta penas que podem ir até 10 anos de prisão para os soldados que desertem, que se rendam "sem autorização", que recusem combater ou que desobedeçam às ordens em período de mobilização. Os russos estão a fugir do fugir do país, enquanto podem.

Também esta quinta-feira, a Polónia e a Bulgária apelaram aos respetivos cidadãos que abandonem a Rússia o mais rápido possível, recorrendo aos meios de transporte disponíveis.

Os Governos de Varsóvia e Sófia receiam que seja cada vez mais difícil abandonar o território russo.

Voos comerciais "extremamente limitados"

A Embaixada dos Estados Unidos na Rússia emitiu esta quinta-feira um novo alerta de segurança para os cidadãos norte-americanos, pedindo-lhes que deixem o país "de imediato”, apesar dos poucos voos comerciais disponíveis devido à invasão russa da Ucrânia.

Num comunicado, a representação diplomática dos Estados Unidos da América (EUA) em Moscovo advertiu que "os voos comerciais são atualmente extremamente limitados, de modo que por vezes não há nenhum disponível".


Fila de veículos para atravessar a fronteira da Rússia com a Finlândia no posto fronteiriço de Vaalimaa, em Virolahti, a 23 de setembro.
Entrada de russos na UE subiu 30% desde anúncio de mobilização militar
A maioria dos cidadãos russos entrou na UE através da Finlândia e Estónia.

No entanto, a embaixada confirmou que as rotas terrestres para sair do território russo ainda estão abertas.

A representação diplomática alertou ainda que as autoridades russas poderão "começar a negar a dupla cidadania aos norte-americanos e o acesso à assistência consular para impedir a sua saída do país".

O Contacto tem uma nova aplicação móvel de notícias. Descarregue aqui para Android e iOS. Siga-nos no Facebook, Twitter e receba as nossas newsletters diárias.


Notícias relacionadas