China pressiona Taiwan com exercícios militares e sanções comerciais
China pressiona Taiwan com exercícios militares e sanções comerciais
Um total de 21 aviões militares chineses entraram na Zona de Identificação da Defesa Aérea de Taiwan na terça-feira, informou esta quarta-feira o Ministério da Defesa da ilha em comunicado.
Os exercícios militares anunciados pela China nas proximidades de Taiwan ameaçam os principais portos e áreas urbanas da ilha, disse esta quarta-feira o Governo da ilha, prometendo defesas "reforçadas" e uma resposta firme.
O exercício é "uma tentativa de ameaçar os nossos portos e áreas urbanas importantes, e de minar unilateralmente a paz e a estabilidade regional", acrescentou em comunicado.
Os líderes chineses expressaram indignação perante a visita a Taiwan da líder da Câmara dos Representantes do Congresso norte-americano, Nancy Pelosi, que, após uma passagem por Singapura e Malásia, aterrou terça-feira em Taipé, capital do território que a China reivindica como uma província separatista a ser reunificada pela força, caso necessário.
Em resposta, Pequim anunciou "exercícios navais e aéreos conjuntos" nas imediações da ilha.
Japão preocupado com exercícios militares
Os exercícios incluem "disparos de munições reais de longo alcance" no Estreito de Taiwan, que separa Taiwan da China continental.
Em alguns locais, as operações chinesas vão aproximar-se até 20 quilómetros da costa de Taiwan, de acordo com as coordenadas fornecidas pelo Exército de Libertação do Povo.
O Japão disse esta quarta-feira estar preocupado com as ações militares anunciadas por Pequim, já que algumas terão lugar dentro da zona económica exclusiva do Japão.
"O Japão manifestou a sua preocupação à China, dada a natureza das atividades militares", que incluem "disparar munições reais", disse o porta-voz do Governo nipónico, Hirokazu Matsuno.
Já a líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos garantiu que Washington não vai abandonar Taipé, enquanto a presidente de Taiwan assegurou que a ilha vai manter-se firme face à ameaça militar chinesa.
Pequim proíbe importações de Taiwan
A democrata Nancy Pelosi é a mais importante responsável norte-americana a visitar a ilha em 25 anos. A China considerou que a visita é uma grande provocação e ameaçou os Estados Unidos de retaliação.
Os Estados Unidos já disseram estar "preparados" para uma resposta da China.
A China impôs esta quarta-feira, pelo segundo dia consecutivo, sanções comerciais a Taiwan, numa aparente resposta à visita da líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos a Taipé.
Pequim proibiu a importação de citrinos, rebentos de bambu congelados e dois tipos de peixe, bem como a exportação de areia para a ilha.
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