China e EUA suspendem guerra comercial
China e EUA suspendem guerra comercial
As autoridades de Washington e Pequim suspenderam a guerra comercial no âmbito da próxima cimeira entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, depois de dois dias de intensas negociações.
Segundo um comunicado conjunto, Pequim assume o compromisso de adotar medidas para que seja reduzido o défice comercial dos EUA, cifrado em 375 mil milhões de dólares no ano passado. Steven Mnuchin, secretário de Estado norte-americano do Tesouro, anunciou que estão suspensos os aumentos de taxas sobre importações decididos no passado mês de março.
"Para satisfazer as crescentes necessidades de consumo do pobo chinês e a sua necessidade de um desenvolvimento económico de alta qualidade, a China irá impulsionar as compras de bens e serviços norte-americanos", lê-se na nota conjunta. "Isto ajudará no crescimento e no emprego nos Estados Unidos. Ambas as partes concordaram com incrementos substanciais nas exportações agrícolas e energéticas norte-americanas", acrescenta-se.
No entanto, não ficaram definidos quaisquer números, nem foi aprovada a subida, em 200 mil milhões por ano, das importações da China em relação aos Estados Unidos, conforme propôs Larry Kudlow, conselheiro nacional de economia de Trump. Mas foi decidido prosseguir o diálogo com a viagem de uma delegação dos EUA a Pequim "para cuidar dos pormenores" deste acordo.
Recorde-se que, a 23 de março, Donald Trump aprovou taxas de 25% sobre importações chinesas, num valor global aproximado de 60 mil milhões de dólares, alegando que os norte-americanos se debatiam com um défice comercial face à China de 375 mil milhões de dólares, "o maior da história".
Os chineses exportam 18% dos seus produtos (505 mil milhões de dólares) para os EUA, enquanto o movimento contrário não supera os 8,4% (130 mil milhões).
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