Charles Michel obrigado a refugiar-se num 'bunker' em Odessa
Charles Michel obrigado a refugiar-se num 'bunker' em Odessa
Charles Michel trocou este ano os festejos do dia da Europa em Bruxelas por Odessa, a convite do primeiro-ministro ucraniano. Segundo fonte oficial do Conselho Europeu, a presença do representante da União Europeia é uma forma de demonstração da “total solidariedade da UE com o povo da Ucrânia na sua luta contra a agressão russa”.
Mas Charles Michel teve também a oportunidade de experimentar o que é mesmo viver numa cidade debaixo de fogo. Durante uma reunião com o primeiro-ministro, Denys Shmygal, os participantes tiveram que recolher a um abrigo enquanto os mísseis russos atingiam Odessa.
Cereais presos no porto ameaçam fome no mundo
No início da manhã desta segunda-feira Charles Michel discursou à frente da ópera de Odessa. A visita incluiu uma passagem pelo porto onde o presidente do Conselho viu pelos seus próprios olhos “o impacto da guerra nas cadeias alimentares mundiais". "As muitas toneladas de cereais abandonadas por causa do bloqueio russo do Mar Negro, que são só prejudicam a economia ucraniana, mas impedem o acesso do mundo a reservas vitais de alimentos e colocam em perigo a segurança alimentar mundial”, segundo descreveu a mesma fonte oficial.
Antes de se confinar ao 'bunker' – num paradeiro não identificado – Michel foi informado pelo chefe da Marinha ucraniana dos efeitos causados pela artilharia vinda dos barcos russos colocados frente a Odessa na destruição de blocos residenciais e no impacto sobre as vítimas civis.
Na visita à cidade ucraniana e enquanto se reuniu com Shmygal, Charles Michel falou também, via vídeo conferência, com Zelensky, que se encontra em Kiev. Os principais tópicos das conversas entre o representante da UE e os políticos ucranianos foi a necessidade de ajuda financeira urgente ao país, e como pode a UE continuar a apoiar também os “desafios militares e humanitários”.
Segundo fonte oficial do Conselho Europeu, foi também discutido o plano de reconstrução da Ucrânia – apresentado na passada quarta-feira por Ursula von der Leyen - e que permitirá que o país possa vir no futuro a integrar o bloco europeu.
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