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Certidão de óbito. Rainha Isabel II morreu de "velhice"
Mundo 3 min. 29.09.2022
Reino Unido

Certidão de óbito. Rainha Isabel II morreu de "velhice"

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Certidão de óbito. Rainha Isabel II morreu de "velhice"

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Certidão de óbito. Rainha Isabel II morreu de "velhice"

AFP
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Se a Rainha tivesse morrido em Inglaterra, não teria havido necessidade de preencher uma certidão de óbito, um requisito legal que se aplica aos súbditos da soberana, mas não à própria soberana.

Hora do óbito: 15h10. Causa: "velhice". Profissão: "Sua Majestade, a Rainha". A certidão de óbito de Isabel II, que morreu a 8 de setembro aos 96 anos de idade, foi divulgada na quinta-feira pelos Arquivos Nacionais da Escócia. 

Após 70 anos de reinado, Isabel II morreu no seu castelo escocês de Balmoral. A morte foi anunciada pelo Palácio de Buckingham às 18h30 locais, mas sabia-se que a primeira-ministra Liz Truss tinha sido informada às 16h30. 


TOPSHOT - A King's Guard soldier walks along the lawn covered with flowers at the Windsor Castle on September 19, 2022 in Windsor, England on the day of the state funeral for Queen Elizabeth II. (Photo by ADRIAN DENNIS / POOL / AFP)
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Mais detalhes sobre o acontecimento surgiram com a publicação do certificado, assinado pela filha de Isabel II, a princesa Ana, que acompanhou a soberana durante as suas horas finais.

O filho mais velho, agora Carlos III, chegou a Balmoral às 12h, mas os outros filhos da rainha, Andrew e Edward, assim como o filho de Carlos, William, só chegaram ao fim da tarde. 

O irmão de William, Harry, agora afastado da monarquia, só chegou muito mais tarde, e sozinho. 

No lugar do do certificado onde se descreve a ocupação profissional está escrito "Sua Majestade, a Rainha". E o Castelo de Windsor, na periferia ocidental de Londres, está listado como morada "habitual". Isabel II passou a maior parte do tempo no castelo desde o início da pandemia de covid-19, embora o Palácio de Buckingham, na capital, seja normalmente a residência principal dos monarcas britânicos. 

Se a rainha tivesse morrido em Inglaterra, não teria havido necessidade de preencher uma certidão de óbito, um requisito legal que se aplica aos súbditos da soberana, mas não à própria soberana. Mas esta restrição legal, que data de 1836, não se aplica à Escócia, que tem um sistema legislativo separado e onde a lei estabelece que "a morte de cada pessoa" deve ser registada. 

A última aparição pública de Isabel II foi a 6 de setembro, quando nomeou a nova primeira-ministra Liz Truss para formar governo. 


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A monarca mostrou-se sorridente mas frágil, apoiando-se na sua bengala. Nos últimos anos, a casa real estava muito atenta ao estado de saúde da monarca e o Palácio de Buckingham só revelou que Isabel II tinha sido hospitalizada há um ano e para exames, cuja natureza nunca foi especificada, e após fugas de informação para a imprensa. 

Mais tarde, foram mencionados problemas de mobilidade, quando a monarca cancelou várias aparições públicas. 

Últimos desejos 

O  mistério e o sigilo rodeiam geralmente a morte de membros da família real. Por norma, há mais de um século que, após a morte de um membro sénior da família real britânica, é apresentado um pedido aos tribunais para que os últimos desejos sejam selados. 

Os testamentos de mais de 30 membros da monarquia têm sido mantidos em segredo desde 1910, de acordo com o jornal britânico The Guardian, embora a lei britânica preveja que os últimos desejos de todos os que morrem sejam tornados públicos, para evitar fraudes e avisar os beneficiários.  

Dez dias de luto nacional seguiram-se à morte da rainha de Inglaterra e dezenas (se não centenas) de milhares de pessoas fizeram fila para prestar uma última homenagem, primeiro em Edimburgo e depois em Londres. 

Cerca de 2.000 pessoas, incluindo chefes de Estado e membros de famílias reais, assistiram ao funeral estatal na Abadia de Westminster, em Londres, no dia 19 de setembro. Milhares de pessoas encheram as bermas das estradas para ver o caixão da rainha passar e para se despedirem da monarca.

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