Escolha as suas informações

Cancelamento de viagens. Mais de 18.000 processos em França só no ano passado
Mundo 2 min. 16.03.2023
Reembolsos

Cancelamento de viagens. Mais de 18.000 processos em França só no ano passado

Reembolsos

Cancelamento de viagens. Mais de 18.000 processos em França só no ano passado

Foto: Pixabay
Mundo 2 min. 16.03.2023
Reembolsos

Cancelamento de viagens. Mais de 18.000 processos em França só no ano passado

AFP
AFP
O provedor francês do turismo e viagens chamou a atenção para as plataformas de reservas online onde "os passageiros são prejudicados por informação insuficiente".

As queixas relacionados com viagens, que tinham explodido em 2020 com a pandemia de covid devido a numerosos cancelamentos, permaneceram a um nível muito elevado em 2022, com mais de 18.000 processos, de acordo com um relatório do provedor francês de turismo e viagens apresentado quinta-feira.


Deco recomenda clientes sem devolução de viagens canceladas em 2020 a recorrer
"Os consumidores não têm qualquer prazo para solicitar o reembolso" de viagens canceladas em 2020, devido à pandemia, alerta a associação de defesa do consumidor.

"Houve quase tantos pedidos em 2022 como nos dois anos covid anteriores", lê-se no relatório apresentado à margem da feira de turismo de Versailles em Paris.

Devido à covid-19, as reclamações explodiram (+111%) em 2020, com 18.332 processos, e tinham aumentado novamente em 2021, excedendo os 20.000 casos. Em 2022, o número de litígios registados é de 18.335, um "elevado nível" que o provedor considera "preocupante".

"Os cancelamentos de voos constituem o grosso dos problemas que nos são apresentados", referiu Jean-Pierre Teyssier ao apresentar o relatório. O transporte aéreo representa dois terços dos litígios (65,45%) em 2022.

Informação densa, vaga e incompreensível

O provedor chamou a atenção para as plataformas de reservas online onde "os passageiros são prejudicados por informação insuficiente, fonte de muitos litígios, em vários pontos", tais como "procedimentos opacos de reembolso de cancelamentos de voos" ou "informação insuficiente sobre as regras sanitárias impostas para poder embarcar".

"Direcionar o cliente para termos e condições gerais de venda (TCG) demasiado gerais, cada vez mais extensos e difíceis de ler é insuficiente", diz o relatório.

"Se os profissionais envolvidos não impuserem a si próprios melhores práticas, acabarão por ser sujeitos a regulamentação para proteger os consumidores", adverte Jean-Pierre Teyssier.

Os outros processos dizem respeito a pacotes turísticos (18,21%), alojamentoa turísticos (3,89%), cruzeiros (2,68%) e transportes marítimos (1,66%).


TAP, Ryanair, EasyJet, entre outras, estão a violar direitos dos passageiros
A Organização Europeia de Consumidores (BEUC, sigla inglesa) acusou hoje oito companhias aéreas europeias, incluindo a TAP, Ryanair e EasyJet, de violarem os direitos dos passageiros na sequência das viagens canceladas devido à covid-19, pedindo uma "ampla investigação no setor".

O provedor congratula-se com o facto de quase 98% das soluções por si propostas terem sido aceites em 2022 pelas partes envolvidas.

Jean-Pierre Teyssier recomenda que se assegure um reencaminhamento mais eficiente no transporte marítimo, fornecendo melhor informação sobre equipamentos adaptados para pessoas com mobilidade reduzida, e convida as companhias aéreas a comunicar melhor sobre as formalidades administrativas necessárias para o viajante.

Desde 2012, qualquer consumidor que tenha um problema com uma agência de viagens, operador turístico ou companhia aérea sobre um serviço ou pacote turístico pode remeter o assunto para o provedor.

O Contacto tem uma nova aplicação móvel de notícias. Descarregue aqui para Android e iOS. Siga-nos no Facebook, Twitter e receba as nossas newsletters diárias.