Bruxelas quer expandir espaço Schengen à Bulgária, Croácia e Roménia

Redação

Unanimidade entre os 27 Estados-membros da União Europeia é necessária para autorizar a supressão dos controlos fronteiriços com os três países.

A Comissão Europeia apelou novamente esta quarta-feira aos países da União Europeia (UE) para que aceitem a plena integração da Bulgária, Croácia e Roménia no espaço Schengen, zona de livre circulação que permite viajar sem controlos fronteiriços. 

A Comissão pede ao Conselho da UE, que reúne os 27 Estados-membros, que "tome sem demora as decisões necessárias para permitir (a estes três países) a plena participação no espaço Schengen". 

O executivo da UE há muito que apela a este alargamento, com o apoio do Parlamento Europeu. Os Ministros da Justiça e Assuntos Internos da UE deverão votar sobre o assunto numa reunião a 8 de dezembro. 

A unanimidade dos 27 é necessária para autorizar a supressão dos controlos fronteiriços com os três países. A Comissão sublinhou na quarta-feira que estes cumpriam as regras e critérios de adesão necessários. No entanto, há ainda alguns estados que estão relutantes. 

A supressão das fronteiras internas significa que as fronteiras externas do espaço Schengen serão reforçadas, isto é, os Estados-membros são responsáveis pela organização de controlos fronteiriços rigorosos. Implica também a cooperação policial entre todos os membros para combater o crime organizado ou o terrorismo, através da partilha de dados. 

Tornar a Europa mais segura

Um espaço Schengen alargado "sem controlos nas fronteiras internas tornará a Europa mais segura, através de uma maior proteção das nossas fronteiras externas comuns e de uma cooperação policial eficaz, mais próspera, eliminando o tempo perdido nas fronteiras e facilitando as relações comerciais", argumentou o executivo da UE.   

"Embora a Bulgária, Croácia e Roménia já estejam parcialmente sujeitos às regras de Schengen, os controlos nas fronteiras internas com estes Estados membros (UE) não foram levantados e não estão, portanto, a usufruir dos benefícios" desta participação, disse a Comissão na quarta-feira. 

(Com AFP*)

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