Brexit. Londres tem até 31 de outubro para sair
Brexit. Londres tem até 31 de outubro para sair
Vai haver uma revisão intercalar em junho para o ponto da situação, mas Theresa May obteve dos outros 27 países da União Europeia a extensão pedida para assegurar o Brexit, estando o novo prazo fixado em 31 de outubro.
"A extensão é tão flexível quanto eu previa, embora um pouco mais curta do que esperava", confessou Donald Tusk, Presidente do Conselho Europeu. "Por favor, não desperdicem este tempo", pediu Tusk, considerando que se trata de um prazo capaz de dar aos britânicos a possibilidade de ser encontrada "a melhor solução" para a saída.
May, que hoje retoma as negociações com a oposição, pedira um adiamento até 30 de junho, manifestou-se consciente das dificuldades que continuam a envolver todo o processo. "Não tenho qualquer ilusão de que as próximas semanas venham a ser fáceis ou que ultrapassar o impasse no Parlamento seja simples em qualquer sentido. Mas o nosso dever como políticos é encontrar um modo de respeitar a decisão democrática adotada através do referendo, concretizar o Brexit e continuar as nossas vidas. Nada é tão vital como isto", admitiu, depois de ter sido feito o anúncio da extensão.
As negociações de ontem decorreram com forte resistência de Emmanuel Macron e maior flexibilidade de Angela Merkel. No fim, António Costa avisou que, tal como até aqui, não haverá "abertura para qualquer renegociação do acordo de saída" e que antes da aprovação do acordo "não haverá negociações relativas à futura relação com o Reino Unido". A abertura existe para "uma revisão da declaração política acerca dos princípios do que será a futura relação, tendo em conta que a primeira-ministra ainda vai negociar com o Partido Trabalhista".
Com Lusa
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