Bolsonaro reage e chama "canalha" a Lula
Bolsonaro reage e chama "canalha" a Lula
Na primeira vez que a reagiu à libertação do ex-Presidente Lula, o atual ocupante do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro, pediu aos seus seguidores que não deem "munição ao canalha", numa referência ao líder do Partido dos Trabalhadores.
Sem nunca citar o nome do seu adversário político, o Presidente do Brasil postou um vídeo em homenagem ao ministro da Justiça, Sergio Moro. O membro do seu governo e ex-juiz foi responsável pela condenação de Lula na primeira instância no caso do tríplex de Guarujá (SP).
Já na sexta-feira, Bolsonaro tinha lembrado que devia a sua eleição a Sergio Moro: "Se a missão dele não tivesse sido bem cumprida, eu também não estaria aqui". Recorde-se que antes de ser preso, Lula liderava nas sondagens para as eleições presidenciais que acabou por ganhar Bolsonaro.
Bolsonaro comentou, também, a libertação de Lula no momento que nesta tarde de sábado abandonava o Palácio presidencial para ir a um churrasco num clube de Brasília: "A grande maioria do povo brasileiro é honesta, trabalhadora, e nós não vamos dar espaço nem contemporizar com um presidiário. Ele está solto, mas continua com todos os crimes dele nas costas", garantiu Bolsonaro.
Lula e o regresso às origens
Por sua vez, Lula foi recebido por milhares de apoiantes junto à sede do Sindicato dos Metalúgicos, em São Bernardo do Campo, no ABC de São Paulo, onde Lula apareceu pela primeira vez publicamente durante a ditadura militar a dirigir as greves dos trabalhadores.
Foi também nesse local que Lula se despediu dos apoiantes antes de recolher à prisão de onde saiu ontem, depois da deliberação do Supremo Tribunal Federal que considerou anti-constitucional a prisão sem esgotar todos os recursos e antes de finalizado o trânsito em julgado.
