Beirute. Entre o pânico e os feridos há ainda que travar o aumento da covid
Beirute. Entre o pânico e os feridos há ainda que travar o aumento da covid
Com o último balanço sobe para 157 o número de mortes resultantes das violentas explosões no porto de Beirute na terça-feira que provocou mais de 5000 feridos, e deixou um rasto enorme de destruição na cidade.
Quatro hospitais foram atingidos e os restantes estão a ficar lotados devido a esta tragédia. No meio do caos e pânico ainda instalado ainda há uma epidemia para controlar.
O ministro da saúde do Líbano Hamad Hassan revelou hoje estar muito preocupado pois com a urgência dos profissionais de saúde em salvar e tratar os feridos esquecem-se as regras de higiene, as máscaras e o distanciamento social. Por isso, teme que nos próximos 10 dias o número de infeções possa aumentar.
"Devido à emergência e ao pânico, estou preocupado que o tratamento dos feridos em hospitais e a perda e falta de equipamentos de proteção pessoal possam ter um impacto no número de pacientes com coronavírus nos próximos 10 dias ", disse Hamad Hassan, segundo a agência de notícias estatal NNA, citada pela CNN.
Hospitais de campanha estão a ser montados e haverá serviços exclusivos para os doentes covid-19.
16 funcionários do porto da cidade detidos
Esta tarde, foram detidos 16 funcionários do porto de Beirute e aduaneiros no decorrer das investigações das explosões, anunciou o procurador militar libanês Fadi Akiki.
Trata-se de "funcionários do conselho de administração do porto de Beirute e da administração aduaneira, e os responsáveis pelos trabalhos de manutenção e (trabalhadores) que efectuaram trabalhos no hangar número 12", o local onde as toneladas de nitrato de amónio foram armazenadas, disse este procurador em comunicado.
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