Ataques russos na Ucrânia provocaram pelo menos 10 mortos e 60 feridos
Ataques russos na Ucrânia provocaram pelo menos 10 mortos e 60 feridos
As autoridades ucranianas atualizaram para pelo menos 10 mortos e 60 feridos o número de vítimas dos ataques russos na manhã de hoje.
"Neste momento, 10 pessoas morreram e cerca de 60 ficaram feridas em todo o país, como resultado dos ataques russos", afirmou a polícia ucraniana, na rede social Facebook, acrescentando que agentes, investigadores e criminologistas estão a reunir "provas das atrocidades russas".
De acordo com o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, cinco pessoas morreram e outras 51 ficaram feridas, apenas na capital ucraniana.
"A ameaça de novos ataques continua presente", acrescentou o autarca na rede social Twitter, pedindo à população para que se refugie em caso de alerta antiaéreo.
O primeiro-ministro ucraniano, Denis Chmygal, disse ainda que 11 grandes infraestruturas ficaram danificadas nos ataques desta manhã, em outras oito regiões.
Segundo o Ministério da Defesa ucraniano, o exército russo lançou 83 mísseis sobre a Ucrânia, dois dias depois de uma explosão ter danificado uma ponte russa na Crimeia, uma infraestrutura estratégica e símbolo da anexação desta península ucraniana pela Rússia.
Segundo a mesma fonte, 52 desses mísseis foram intercetados pela defesa aérea ucraniana, dos quais 43 eram mísseis de cruzeiro.
NATO condena ataques que classifica de "indiscriminados"
A NATO condenou os “ataques horríveis e indiscriminados” lançados pela Rússia sobre infraestruturas civis na Ucrânia, prometendo ajudar os ucranianos tanto tempo quanto for preciso.
Numa mensagem divulgada pelo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla inglesa), Jens Stoltenberg, através da rede social Twitter, a organização condena “os ataques horríveis e indiscriminados a infraestruturas civis na Ucrânia”.
Stoltenberg, que adiantou ter falado hoje pelo telefone com o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, salientou ainda que a NATO “continuará a apoiar o corajoso povo ucraniano na luta contra a agressão do Kremlin por tanto tempo quanto necessário”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, manifestou-se hoje “chocada e horrorizada” com os ataques russos a cidades ucranianas, que fizeram pelo menos dez mortos.
Também o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, se manifestou "profundamente chocado com os ataques de mísseis em larga escala" lançados pela Rússia contra cidades ucranianas, segundo o seu porta-voz, Stéphane Dujarric.
EUA reiteram apoio à Ucrânia
O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, informou que conversou com seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, para assegurar-lhe o "apoio dos Estados Unidos à Ucrânia após os horríveis ataques de hoje do Kremlin".
"Continuaremos a fornecer assistência económica, humanitária e militar, para que a Ucrânia se possa defender", escreveu o secretário de Estado norte-americano, na rede social Twitter.
Zelensky diz que Rússia usou armamento iraniano
A Rússia bombardeou hoje várias regiões ucranianas, como Kiev (a capital da Ucrânia), Lviv, Khmelnytskiy, Dnipro, Vinnitsia, Zaporijia, Sumy, Kharkiv e Jitomir, desencadeando “uma manhã muito dura” no país, como afirmou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Segundo Zelensky, os ataques foram feitos com recurso a armamento iraniano.
Os militares ucranianos disseram que a Rússia disparou 75 mísseis contra a Ucrânia esta manhã, dos quais a defesa antiaérea abateu 41.
Os bombardeamentos russos acontecem depois de uma explosão ter danificado, no sábado, a ponte Kerch, que liga a Rússia à península ucraniana da Crimeia, anexada em 2014.
Moscovo atribuiu a explosão na ponte a um ataque terrorista ucraniano.
O presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou lançar novos ataques, se a Ucrânia insistir em cometer "ataques terroristas" contra a Rússia.
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