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Ataques russos na Ucrânia provocaram pelo menos 10 mortos e 60 feridos
Mundo 3 min. 10.10.2022
Guerra na Ucrânia

Ataques russos na Ucrânia provocaram pelo menos 10 mortos e 60 feridos

Guerra na Ucrânia

Ataques russos na Ucrânia provocaram pelo menos 10 mortos e 60 feridos

Foto: dpa
Mundo 3 min. 10.10.2022
Guerra na Ucrânia

Ataques russos na Ucrânia provocaram pelo menos 10 mortos e 60 feridos

Lusa
Lusa
Segundo o Ministério da Defesa ucraniano, o exército russo lançou 83 mísseis sobre a Ucrânia, dois dias depois de uma explosão ter danificado uma ponte russa na Crimeia.

As autoridades ucranianas atualizaram para pelo menos 10 mortos e 60 feridos o número de vítimas dos ataques russos na manhã de hoje.

"Neste momento, 10 pessoas morreram e cerca de 60 ficaram feridas em todo o país, como resultado dos ataques russos", afirmou a polícia ucraniana, na rede social Facebook, acrescentando que agentes, investigadores e criminologistas estão a reunir "provas das atrocidades russas".

De acordo com o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, cinco pessoas morreram e outras 51 ficaram feridas, apenas na capital ucraniana.

"A ameaça de novos ataques continua presente", acrescentou o autarca na rede social Twitter, pedindo à população para que se refugie em caso de alerta antiaéreo.

O primeiro-ministro ucraniano, Denis Chmygal, disse ainda que 11 grandes infraestruturas ficaram danificadas nos ataques desta manhã, em outras oito regiões.

Segundo o Ministério da Defesa ucraniano, o exército russo lançou 83 mísseis sobre a Ucrânia, dois dias depois de uma explosão ter danificado uma ponte russa na Crimeia, uma infraestrutura estratégica e símbolo da anexação desta península ucraniana pela Rússia.

Segundo a mesma fonte, 52 desses mísseis foram intercetados pela defesa aérea ucraniana, dos quais 43 eram mísseis de cruzeiro.

NATO condena ataques que classifica de "indiscriminados"

A NATO condenou os “ataques horríveis e indiscriminados” lançados pela Rússia sobre infraestruturas civis na Ucrânia, prometendo ajudar os ucranianos tanto tempo quanto for preciso.

Numa mensagem divulgada pelo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla inglesa), Jens Stoltenberg, através da rede social Twitter, a organização condena “os ataques horríveis e indiscriminados a infraestruturas civis na Ucrânia”.

Stoltenberg, que adiantou ter falado hoje pelo telefone com o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, salientou ainda que a NATO “continuará a apoiar o corajoso povo ucraniano na luta contra a agressão do Kremlin por tanto tempo quanto necessário”.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, manifestou-se hoje “chocada e horrorizada” com os ataques russos a cidades ucranianas, que fizeram pelo menos dez mortos.

Também o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, se manifestou "profundamente chocado com os ataques de mísseis em larga escala" lançados pela Rússia contra cidades ucranianas, segundo o seu porta-voz, Stéphane Dujarric.

EUA reiteram apoio à Ucrânia

O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, informou que conversou com seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, para assegurar-lhe o "apoio dos Estados Unidos à Ucrânia após os horríveis ataques de hoje do Kremlin".

"Continuaremos a fornecer assistência económica, humanitária e militar, para que a Ucrânia se possa defender", escreveu o secretário de Estado norte-americano, na rede social Twitter.

Zelensky diz que Rússia usou armamento iraniano

A Rússia bombardeou hoje várias regiões ucranianas, como Kiev (a capital da Ucrânia), Lviv, Khmelnytskiy, Dnipro, Vinnitsia, Zaporijia, Sumy, Kharkiv e Jitomir, desencadeando “uma manhã muito dura” no país, como afirmou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Segundo Zelensky, os ataques foram feitos com recurso a armamento iraniano.

Os militares ucranianos disseram que a Rússia disparou 75 mísseis contra a Ucrânia esta manhã, dos quais a defesa antiaérea abateu 41.

Os bombardeamentos russos acontecem depois de uma explosão ter danificado, no sábado, a ponte Kerch, que liga a Rússia à península ucraniana da Crimeia, anexada em 2014.

Moscovo atribuiu a explosão na ponte a um ataque terrorista ucraniano.

O presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou lançar novos ataques, se a Ucrânia insistir em cometer "ataques terroristas" contra a Rússia.  

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