Escolha as suas informações

Ataque russo a central ucraniana revela perigo potencial de desastre nuclear, diz NATO
Mundo 2 min. 04.03.2022 Do nosso arquivo online
Guerra na Ucrânia

Ataque russo a central ucraniana revela perigo potencial de desastre nuclear, diz NATO

As forças russas bombardearam na noite de quinta-feira para hoje a maior central nuclear da Europa, no sul da Ucrânia.
Guerra na Ucrânia

Ataque russo a central ucraniana revela perigo potencial de desastre nuclear, diz NATO

As forças russas bombardearam na noite de quinta-feira para hoje a maior central nuclear da Europa, no sul da Ucrânia.
Foto: AFP
Mundo 2 min. 04.03.2022 Do nosso arquivo online
Guerra na Ucrânia

Ataque russo a central ucraniana revela perigo potencial de desastre nuclear, diz NATO

Lusa
Lusa
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, considerou esta sexta-feira que o ataque russo desta madrugada contra a central ucraniana de Zaporizhzhia revela “quão perigosa é esta guerra” na Ucrânia, demonstrando ainda o “perigo potencial de um desastre nuclear”.

“O ataque realça o quão perigosa é esta guerra”, comentou Jens Stoltenberg, falando em conferência de imprensa na sede da NATO, em Bruxelas, após uma reunião extraordinária do Conselho do Atlântico Norte, o principal organismo de decisão política da organização e no qual cada país-membro tem assento ao nível dos chefes de diplomacia.


Bombeiros extinguiram incêndio em maior central nuclear da Europa, na Ucrânia
A operação de combate ao incêndio esteve em suspenso durante várias horas, porque os bombeiros foram impedidos de aceder à central nuclear por tropas russas.

“Exortamos o Presidente Putin a parar imediatamente esta guerra, a retirar todas as suas forças da Ucrânia e a empenhar-se em verdadeiros esforços diplomáticos de boa-fé. Agora”, vincou o líder da Aliança Atlântica.

Jens Stoltenberg apontou que o ataque desta madrugada demonstra também “o perigo potencial de um desastre nuclear relacionado com esta guerra”.

Ainda assim, segundo observou o secretário-geral, “o que estamos a ver é que o Presidente Putin subestimou totalmente a força das forças armadas ucranianas e eles conseguiram recuar para lutar e abrandar os avanços russos”.

E garantiu: “Não fazemos parte deste conflito, mas temos a responsabilidade de assegurar que este não se agrave e se espalhe para além da Ucrânia, porque isso seria ainda mais devastador e mais perigoso, com ainda mais sofrimento humano”.


"A Rússia não deverá querer pressionar o 'botão vermelho'", defende especialista
Neste momento há um vazio na Europa na estratégia de defesa militar, alerta Karl Hampel, investigador da Universidade do Luxemburgo.

“A NATO não procura uma guerra com a Rússia”, concluiu Jens Stoltenberg.

As tropas russas tomaram a central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, a maior da Europa, informou hoje o regulador nuclear estatal da Ucrânia, acrescentando que a equipa da central controla o estado dos edifícios e garante seu correto funcionamento.

As forças russas bombardearam na noite de quinta-feira para hoje a maior central nuclear da Europa, no sul da Ucrânia, onde deflagrou um incêndio, que, entretanto, foi extinto pelos bombeiros.

O regulador nuclear estatal da Ucrânia garantiu que os seis reatores de Zaporizhzhia não foram afetados e que o incêndio atingiu apenas um edifício e um laboratório do local.

Bruxelas acolhe hoje reuniões extraordinárias de ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO e da União Europeia (UE), ambas em formatos alargados, para discutir a guerra em curso na Ucrânia, ao nono dia da ofensiva militar russa.


Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica.
Agência Internacional de Energia Atómica alerta para "perigo grave" se algum reator for atingido
Zona perto da maior central nuclear da Europa, Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, foi bombardeada pelos forças russas e provocou um incêndio, que foi entretanto extinto.

A reunião de hoje do Conselho do Atlântico Norte, presencial e presidida pelo secretário-geral, Jens Stoltenberg, foi alargada aos chefes de diplomacia da Suécia, Finlândia e UE.

Pela tarde, Jens Stoltenberg participa naquele que é o quinto Conselho extraordinário de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE no espaço de pouco mais de uma semana, em formato alargado.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a UE e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

O Contacto tem uma nova aplicação móvel de notícias. Descarregue aqui para Android e iOS. Siga-nos no Facebook, Twitter e receba as nossas newsletters diárias.


Notícias relacionadas

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou hoje aos países membros da NATO para que prestem "assistência militar sem restrições" ao seu país, lamentando não ter recebido os meios que pediu, designadamente caças e tanques, para enfrentar o exército russo.