Archie morreu este sábado ao final da manhã, aos 12 anos
Archie morreu este sábado ao final da manhã, aos 12 anos
Archie Battersbee, o rapaz britânico de 12 anos que estava ligado a um sistema de suporte de vida desde abril, num hospital londrino, morreu este sábado, após uma longa batalha jurídica travada pela família.
Inicialmente, os pais do menino, Hollie Dance e Paul Battersbee, queriam que o tratamento continuasse, dizendo que o seu coração ainda batia e que ele tinha agarrado a mão da mãe. Mas desde abril que o jovem se encontrava em morte cerebral.
Nos últimos dias a luta da família foi para que o menino fosse retirado do hospital e passasse os seus últimos momentos junto da família, numa residência de cuidados paliativos. Contudo, a justiça entendeu que mover a criança do hospital, mesmo sendo o seu estado irreversível, acarretava riscos, decidindo que Archie deveria passar os seus derradeiros momentos de vida no hospital onde já se encontrava internado.
Numa declaração na sexta-feira à noite, o grupo hospitalar responsável pelo cuidado de Archie Battersbee expressou a sua "profunda simpatia" pela família do rapaz. "Como ordenado pelos tribunais, trabalharemos com a família para nos prepararmos para a cessação do tratamento, mas não faremos quaisquer alterações aos cuidados de Archie até que as questões legais pendentes sejam resolvidas", acrescentou a mesma declaração.
As máquinas foram desligadas a meio da manhã e o óbito foi declarado pouco tempo depois.
"O Archie morreu hoje às 12h15", disse aos jornalistas a mãe do menino, Hollie Dance.
Caso de Archie não é inédito
No passado recente, o Reino Unido já foi marcado por dois outros casos semelhantes ao de Archie.
Em Abril de 2018, uma criança de 23 meses de idade, Alfie Evans, que sofria de uma doença neurodegenerativa rara, morreu após uma longa batalha legal dos seus pais contra a cessação dos cuidados. Os seus pais receberam o apoio do Papa Francisco, que fez vários apelos para manter o rapaz ligado ao suporte de vida.
Em 2017, Charlie Gard, que sofria de uma doença genética rara, morreu pouco antes do seu primeiro aniversário, após a interrupção da ventilação artificial, apesar da multiplicação de recursos pelos seus pais.
(Com agências)
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