Alemanha envia mísseis de defesa anti-aérea à Polónia
Alemanha envia mísseis de defesa anti-aérea à Polónia
A Alemanha enviará mísseis Patriot e aviões de combate para a Polónia, como parte de um acordo de defesa aérea firmado na sequência do ataque que suscitou receios de uma escalada significativa entre os aliados da NATO e a Rússia.
O ministro da Defesa polaco, Mariusz Blaszczak, disse que os mísseis serão posicionados perto da fronteira ucraniana, onde há menos de uma semana uma explosão matou dois habitantes de uma aldeia.
O incidente ocorreu nove meses após o Presidente Vladimir Putin ter lançado a invasão da Ucrânia. As autoridades da NATO da Polónia atribuíram a explosão, que ocorreu durante um amplo ataque de mísseis russos à Ucrânia, à defesa aérea ucraniana que visava um projétil russo.
"A Polónia é nossa amiga, aliada e destaca-se como vizinha da Ucrânia", disse a ministra alemã da Defesa, Christine Lambrecht, numa declaração esta segunda-feira. Os pormenores do acordo serão trabalhados pelo pessoal técnico, acrescentou.
Acordo contrasta com relação bilateral difícil
O acordo contrasta com as relações difíceis entre os dois países. Varsóvia atacou Berlim por aquilo a que chama uma resposta lenta à agressão russa. Além disso, o governo polaco lançou este ano uma campanha para exigir à Alemanha o pagamento de uma indemnização multimilionária em compensação por danos em tempo de guerra.
A explosão abriu um debate sobre os sistemas de defesa aérea na Ucrânia, bem como nos Estados-membros da NATO na região. Em setembro, a Polónia começou a receber equipamento para os seus dois primeiros sistemas de baterias Patriot dos EUA, que deverão ficar operacionais em finais de 2023.
Os Patriots podem abater mísseis de ataque, mas também têm sensores de alta tecnologia que ajudam a identificar o que está no ar.
Christine Lambrecht anunciou a oferta numa entrevista ao jornal Rheinische Post esta segunda-feira. A ministra da Defesa disse que a Alemanha pretende prolongar a instalação de baterias Patriot na Eslováquia, Estado-membro da NATO que também faz fronteira com a Ucrânia, até 2023 - "e talvez até pormais tempo". A NATO deve também procurar formas de reforçar as defesas aéreas na região do Báltico, referiu a governante.
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