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Alemanha envia mísseis de defesa anti-aérea à Polónia
Mundo 2 min. 22.11.2022
Guerra na Ucrânia

Alemanha envia mísseis de defesa anti-aérea à Polónia

A ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, anunciou o acordo esta segunda-feira.
Guerra na Ucrânia

Alemanha envia mísseis de defesa anti-aérea à Polónia

A ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, anunciou o acordo esta segunda-feira.
Foto: Ján Krolák/TASR/dpa
Mundo 2 min. 22.11.2022
Guerra na Ucrânia

Alemanha envia mísseis de defesa anti-aérea à Polónia

Bloomberg
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O acordo de defesa aérea surge na sequência do ataque que matou dois habitantes de uma aldeia na fronteira ucraniana.

A Alemanha enviará mísseis Patriot e aviões de combate para a Polónia, como parte de um acordo de defesa aérea firmado na sequência do ataque que suscitou receios de uma escalada significativa entre os aliados da NATO e a Rússia.

O ministro da Defesa polaco, Mariusz Blaszczak, disse que os mísseis serão posicionados perto da fronteira ucraniana, onde há menos de uma semana uma explosão matou dois habitantes de uma aldeia.


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Diretora da escola primária de Przewodow disse que um dos mortos era casado com uma empregada de limpeza do estabelecimento escolar e que o outro era pai de um antigo aluno.

O incidente ocorreu nove meses após o Presidente Vladimir Putin ter lançado a invasão da Ucrânia. As autoridades da NATO da Polónia atribuíram a explosão, que ocorreu durante um amplo ataque de mísseis russos à Ucrânia, à defesa aérea ucraniana que visava um projétil russo.

"A Polónia é nossa amiga, aliada e destaca-se como vizinha da Ucrânia", disse a ministra alemã da Defesa, Christine Lambrecht, numa declaração esta segunda-feira. Os pormenores do acordo serão trabalhados pelo pessoal técnico, acrescentou.

Acordo contrasta com relação bilateral difícil

O acordo contrasta com as relações difíceis entre os dois países. Varsóvia atacou Berlim por aquilo a que chama uma resposta lenta à agressão russa. Além disso, o governo polaco lançou este ano uma campanha para exigir à Alemanha o pagamento de uma indemnização multimilionária em compensação por danos em tempo de guerra.

A explosão abriu um debate sobre os sistemas de defesa aérea na Ucrânia, bem como nos Estados-membros da NATO na região. Em setembro, a Polónia começou a receber equipamento para os seus dois primeiros sistemas de baterias Patriot dos EUA, que deverão ficar operacionais em finais de 2023. 


O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.
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O líder da NATO, Jens Stoltenberg, vincou: “A Rússia tem a responsabilidade última, uma vez que continua a sua guerra ilegal contra a Ucrânia”.

Os Patriots podem abater mísseis de ataque, mas também têm sensores de alta tecnologia que ajudam a identificar o que está no ar.

Christine Lambrecht anunciou a oferta numa entrevista ao jornal Rheinische Post esta segunda-feira. A ministra da Defesa disse que a Alemanha pretende prolongar a instalação de baterias Patriot na Eslováquia, Estado-membro da NATO que também faz fronteira com a Ucrânia, até 2023 - "e talvez até  pormais tempo". A NATO deve também procurar formas de reforçar as defesas aéreas na região do Báltico, referiu a governante.

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