Transportes gratuitos. Há um ano o Luxemburgo fazia história no mundo
Transportes gratuitos. Há um ano o Luxemburgo fazia história no mundo
O dia 1 de março de 2020 marcou o começo da era da gratuitidade dos transportes públicos no Grão-Ducado. Um marco histórico que tornou o pequeno país, o primeiro no mundo a oferecer transportes públicos gratuitos em todo o território. Mas, a par com uma pandemia - que começou na mesma altura no país - num ano a mobilidade foi dos fatores que mais sofreu com o confinamento e o recurso ao teletrabalho.
No dia anterior à entrada em vigor, a 29 de fevereiro de 2020, o primeiro caso de covid-19 foi detetado pelas autoridades luxemburgusesas. O início de uma escalada de casos e mortes que perdura até hoje. Neste contexto, os balanços da medida que abrange residentes, trabalhadores transfronteiriços e turistas tornam-se tarefa difícil de quantificar.
Sabe-se que em fevereiro do ano passado, houve em média 31.000 pessoas a utilizar diariamente o tram. No entanto, com o início do confinamento umas semanas mais tarde, esse número baixou para 1.400 viajantes por dia, para depois voltar a aumentar gradualmente até 38.000 pessoas por dia. Para estes números terá contribuído a extensão da linha até à Place de l'Étoile e à Gare Central, em dezembro de 2020. Mais recentemente, na semana passada, o tram atingiu o pico de 42.000 viajantes.
Também os comboios sofreram o impacto da pandemia. Nas carruagens dos Caminhos de Ferro Luxemburgueses (CFL), houve uma quebra de 39% de utentes num ano. No total, a gratuitidade dos transportes públicos custou aos cofres do Estado 41 milhões de euros. Com a medida, o Governo pretende incentivar a mobilidade coletiva, aliviando o grande fluxo de tráfego na capital e diminuindo o recurso ao automóvel particular. Ao mesmo tempo, a ideia passa por encorajar soluções de mobilidade mais amigas do ambiente e menos dependentes dos combustíveis fósseis.
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