Testes em larga escala reduziram número de casos em 40%
Testes em larga escala reduziram número de casos em 40%
Segundo os autores de um estudo do Instituto de Saúde de Luxemburgo e da Universidade do Luxemburgo, a testagem em massa no rastreio à covid-19 permitiu reduzir os casos positivos em 39,1%, detetando também casos assintomáticos, quase tão responsáveis por infeções como os sintomáticos.
A testagem massiva também evitou um caos incontrolável, uma vez que a taxa de ocupação de camas nos hospitais do Luxemburgo teria sido 46% maior sem esta aposta.
Os pesquisadores analisaram 850 pessoas com teste positivo, entre 27 de maio e 15 de setembro. Apenas 567 pessoas indicaram que sentiram sintomas, sendo o restante assintomáticos. Os dados revelaram que uma pessoa sintomática infeta em média 0,7 pessoas, enquanto que um assintomático infeta 0,6, praticamente o mesmo. Os autores concluíram, portanto, que os casos assintomáticos representavam um "risco significativo de transmissão" e que o programa de testes ajudou a identificá-los e reduzir o risco.
O diretor do Instituto de Saúde do Luxemburgo (Luxembourg Institut of Health - LIH), Ulf Nehrbass, em entrevista à Rádio Latina, já tinha referido as vantagens dos testes em larga escala no Grão-Ducado.
Nehrbass disse que "a situação, em geral, é muito diferente da Alemanha ou da França", porque o Luxemburgo controla muito melhor a situação, através dos dados em tempo real provenientes dos testes em larga escala (que incluem as infeções provocadas pelos portadores assintomáticos).
"Devido aos testes em larga escala, o Luxemburgo é muito mais reativo e ágil, podendo reagir mais rápido e enfrentar as ondas de infeção com muito mais eficácia", explicou à Rádio Latina. Nesse sentido, o responsável defende que "não há necessidade de o Luxemburgo seguir o padrão muito mais rígido da Alemanha ou da França".
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