Restaurantes e cafés podem abrir até à 1h da madrugada a partir de 13 de junho
Restaurantes e cafés podem abrir até à 1h da madrugada a partir de 13 de junho
(Com Manuela Pereira)
O tão aguardado novo alívio de medidas contra a covid-19 chegou oficialmente. Na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, o líder do Governo e a ministra da Saúde anunciaram o fim do recolher obrigatório e a abertura dos restaurantes e cafés até mais tarde. Ou seja, a partir de 13 de junho, data de fim da atual 'lei covid', os estabelecimentos passam a poder fechar à 1h da madrugada.
O recolher obrigatório era uma das medidas mais impopulares entre os residentes e a oposição, e onde as autoridades têm registado a maioria das infrações. Haverá ainda novas regras nos ajuntamentos privados e número de clientes por mesa na restauração.
"Dez é o novo quatro"
O limite máximo de pessoas que podem estar à mesa nos estabelecimentos ou que podem ser admitidas em casa passa de quatro para dez. "Dez é o novo quatro", afirmou Bettel. E no caso dos ajuntamentos privados até dez pessoas já não é necessário o uso de máscara e distanciamento físico.
Para os ajuntamentos entre dez e até 50 pessoas continua a ser obrigatório o uso da máscara e a distância física, com exceção das pessoas que têm o covid-check, ou seja, teste negativo, vacinação ou que já tenha sido infetado com o vírus SARS-CoV-2.
Já os restaurantes podem optar por manter quatro pessoas no máximo por mesa, sem a obrigação de apresentar teste negativo neste caso. Para as mesas de dez pessoas os testes continuam a ser obrigatórios ou então a apresentação do covid-check.
"Covid-check"
Estes comprovativos de teste negativo, infeção já curada ou vacinação poderão ser mostrados através de um código QR, um covid-check, como designou Bettel. O código será gerado através da página pessoal no MyGuichet.lu baseado em pelo menos uma das três condições: um certificado médico que comprova que a pessoa já foi curada da covid-19, ou possui um teste negativo, ou ainda que já concluiu o processo de vacinação (toma das duas doses ou no caso da dose única da Janssen).
Xavier Bettel fez questão de sublinhar que o covid-check não é só uma aplicação móvel (que alguns media designam de '3G'), mas também um comprovativo em papel, com um código QR. Quem possuir este certificado está ainda isento de comprovativo de testagem para viajar.
Quem não tiver o covid-check e quiser ir ao café ou restaurante continuará a ter a possibilidade de fazer um autoteste no local. Depois do fim do stock de um milhão de autotestes oferecidos pelo Governo, caberá aos estabelecimentos financiar as zaragatoas ou imputar o custo ao cliente final, como confirmou o ministro das Classes Médias, Alex Delles, esta semana.
A validade dos resultados dos testes, necessários por exemplo, para jantar fora ou viajar, será estendida a partir de 13 de junho. Para os testes PCR a validade de 72 horas mantém-se e para os testes rápidos feitos por um profissional certificado passa a ser de 48 horas.
A partir do dia 13 de junho serão também permitidos ajuntamentos com um máximo de 300 pessoas, mas com cumprimento do distanciamento físico, máscara e lugares sentados. Pela primeira vez em meses Bettel fez referência às discotecas para dizer que estas poderão abrir "só para eventos excecionais e não todos os dias", com limite de 300 pessoas e o covid-check.
Para os eventos com mais gente terão de ter autorização do Ministério da Saúde. O atual número limite de pessoas em eventos culturais ou desportivos passa também para os 2.000.
Também o comércio terá um alívio nas medidas: o limite de clientes por metro quadrado passa a ser mais alargado e será permitido comer e beber dentro dos estabelecimentos comerciais. A máscara e o distanciamento físico no interior dos estabelecimentos continua a ser regra, disse ainda o primeiro-ministro.
"A situação está controlada"
"A situação está controlada" no Luxemburgo, começou por afirmar o primeiro-ministro Xavier Bettel no início da conferência, sublinhando a "melhoria substancial" dos números, nomeadamento a baixa dos casos diários de infeções e a diminuição da taxa de positividade dos testes covid-19 entre abril e maio. A taxa baixou de 2,09% em abril para os 0,66% na última semana de maio, esclareceu.
Mas admitou que será impossível prever a situação no outono reiterando que a "crise ainda não chegou ao fim". A apesar de insistir que a vacinação é a melhor forma de sair da crise, referiu que há atrasos na entrega de doses da Pfizer e da Janssen.
Bettel disse ainda que os convites para a vacinação já começaram a ser enviados para os residentes com menos de 40 anos. A atual 'lei covid' expira a 12 de junho, pelo que as medidas anunciadas esta tarde já farão parte da nova 'lei covid', que entra em vigor no dia a seguir.
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