Quando o nosso futuro está em risco
Quando o nosso futuro está em risco
São o futuro do país e estão a revelar sinais de que não estão bem. O número de casos de crianças e jovens a recorrer a psicólogos e psiquiatras está a disparar no Luxemburgo, assim como estão a aumentar os pensamentos suicidas. Os serviços de atendimento não chegam para as necessidades e há listas de espera, que nalguns casos ultrapassam os três meses. Para aumentar a resposta, o Hospital de Kirchberg prepara-se para triplicar as a oferta criando uma nova oferta do hospital de dia com 20 lugares para jovens em risco. Uma resposta urgente que vai estar disponível já a parir de setembro.
O diagnóstico feito pelo pedopsiquiatra, Gerhard Ristow é alarmante. Na entrevista que publicamos, esta semana, revela que a verdadeira dimensão dos efeitos da pandemia na saúde mental de jovens e crianças só será conhecida nos próximos dois a três anos. Os jovens foram as principais vítimas desta crise e ninguém os defendeu, denuncia. Aplaude a estratégia seguida pelo Luxemburgo de manter as escolas fechadas o mínimo tempo possível porque os estabelecimentos de ensino são ferramentas fundamentais para garantir a socialização dos mais novos. Positivo é, também, a notícia que revelamos que o Hospital de Kirchberg, face ao aumento desmesurado da procura, está a preparar-se para abrir uma nova estrutura do hospital de dia para receber jovens e adolescentes com problemas psicológicos. O sistema está a começar a funcionar o que pode representar uma esperança no futuro.
Outro sinal positivo é o fato do Luxemburgo ser o país da União Europeia, em que uma maior percentagem de jovens conclui o ensino superior, de acordo com os dados do Eurostat que publicamos esta semana.
Uma ordem de expulsão que acabou suspensa
Contamos nesta edição o caso da migrante brasileira que acabou por ver suspensa a ordem de expulsão pelos serviços de imigração do Luxemburgo. Era um caso de injustiça gritante. Vítima de maus-tratos resolveu denunciar o caso às autoridades. Em resposta recebeu ordem de expulsão. Mas à hora de fecho desta edição recebemos a boa notícia que esta ordem para sair do país tinha acabado de ser suspensa. Neste caso funcionou. Resta saber o que acontece a tantos outros que não têm este desfecho.
Dramática é a situação dos residentes no Luxemburgo, que por causa da subida disparatada dos preços da habitação, estão a ser “expulsos” para viver nas regiões fronteiriças da Bélgica, França e Alemanha. O problema é que este fenómeno está a provocar pressão na oferta e o aumento dos preços do alojamento, também nessas localidades. Uma realidade que revelamos na edição desta semana.
Não paramos de o repetir enquanto for um problema: é urgente garantir habitação a preços acessíveis a quem pretende trabalhar e viver no Luxemburgo. O cenário está a tornar-se pior cada dia que passa. E mesmo as alternativas, nos países próximos, estão a tornar-se incomportáveis.
A resposta das autoridades luxemburguesas que alegam que o problema pode ser resolvido nos próximos anos deixa sem solução, a curto prazo, um problema que é urgente.
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