O Português vai ser uma das línguas opcionais ensinadas na Escola Internacional de Differdange, um estabelecimento de ensino público cuja criação foi hoje aprovada pelo Parlamento luxemburguês.
Parlamento aprova projecto
Português vai ser ensinado em nova escola pública no Luxemburgo
O Português vai ser uma das línguas opcionais ensinadas na Escola Internacional de Differdange, um estabelecimento de ensino público cuja criação foi hoje aprovada pelo Parlamento luxemburguês.
O Português vai ser uma das línguas opcionais ensinadas na Escola Internacional de Differdange , um estabelecimento de ensino público cuja criação foi hoje aprovada pelo Parlamento luxemburguês.
A escola primária e secundária, que deverá abrir já em Setembro, vai ter duas secções linguísticas, uma francófona e outra anglófona, podendo os alunos optar por uma segunda língua desde o primeiro ano de escolaridade, entre o francês, alemão, inglês e português.
Esta é a primeira vez que a língua portuguesa integra o programa do ensino público no Luxemburgo.
A Escola Internacional de Differdange surge em resposta ao crescente número de alunos estrangeiros no Luxemburgo, a maioria portugueses.
De acordo com o projecto de criação da escola, "é da responsabilidade do Estado [luxemburguês] propor um sistema educativo público em que cada aluno tenha hipótese de sucesso, independentemente da língua falada em casa", num "esforço para integrar os alunos estrangeiros".
Segundo dados do Ministério da Educação do Luxemburgo, o português é a segunda língua materna mais falada nas escolas do país, com 28,9% de falantes, a seguir ao luxemburguês, com 39,8%, mas à frente dos outros dois idiomas oficiais do Grão-Ducado, francês (11,9% de falantes) e alemão (2%).
Os alunos portugueses representam mais de vinte por cento dos estudantes em todos os níveis de ensino no país, uma percentagem que no ensino primário ronda os 26,9 por cento, segundo dados do Ministério da Educação de 2012/2013.
A Escola Internacional de Differdange vai abrir em instalações provisórias, com capacidade inicialmente para cerca de 150 alunos, mas deverá poder acolher 1.400 estudantes até 2020.
O novo estabelecimento de ensino vai ter um currículo semelhante ao das escolas europeias, beneficiando do estatuto de escola agregada.
Na escola Europeia de Differdange, vai ser obrigatória a aprendizagem do luxemburguês no ensino primário e nos primeiros anos do secundário. As inscrições decorrem de 4 a 15 de Março (mais informações no portal da escola).
No Luxemburgo vivem cerca de 100 mil portugueses, que representam cerca de 18 por cento da população no país.
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"Temos ainda a ambição de introduzir uma secção portuguesa nas escolas públicas europeias luxemburguesas", afirma Mónica Bastos, adjunta de Coordenação de Ensino de Português no Luxemburgo.
Claude Meisch mudou o paradigma do ensino luxemburguês, com a criação de escolas europeias integradas no ensino público que oferecem a possibilidade de escolher a língua de alfabetização. A chegar ao fim do mandato, o ministro da Educação escreveu um livro para defender essa opção. Chama-se “Crianças fortes: um assunto do coração” (“Staark Kanner – Eng Häerzenssaach”, em luxemburguês), e foi o pretexto para fazer o balanço das reformas.
É a primeira vez que o ministro da Educação do Luxemburgo fala sobre o fim dos cursos integrados em Esch-sur-Alzette, e a mensagem é clara. O ministro quer que os cursos integrados no ensino primário sejam substituídos por intervenções apenas no pré-escolar. Uma proposta que se aplicaria a todo o país e que representaria o fim dos cursos integrados de língua e cultura portuguesa no ensino primário luxemburguês.
A Escola Internacional de Differdange (EIDD) começa a funcionar na segunda-feira, dia 12 de Setembro. Os alunos das primeiras nove turmas chegam este mês e, gradualmente, virão os restantes 1.400 até 2018, ano em que a escola deverá estar definitivamente concluída. Para este primeiro ano lectivo foram contratados 18 professores.
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Claude Meisch em exclusivo ao CONTACTO
O ministro da Educação do Luxemburgo garantiu esta manhã, em entrevista exclusiva ao CONTACTO, que afinal os cursos integrados de português vão continuar nas escolas da cidade. Claude Meisch garante ao CONTACTO que "este ano, os cursos vão abrir na maior parte das escolas de Differdange".