Para 139 pessoas do Luxemburgo a vacina contra a covid-19 foi um “fracasso”
Para 139 pessoas do Luxemburgo a vacina contra a covid-19 foi um “fracasso”
Nenhuma vacina protege a 100% contra a covid-19. Algo que já se sabia, mas que a ministra da Saúde, Paulette Lenert, confirma com números.
Até agora, o Luxemburgo recenseou 727 pessoas que contraíram o SARS-CoV-2 após a toma da primeira dose da vacina e 217 pessoas após a segunda dose. Mas nestes casos o contágio aconteceu quando as pessoas ainda não estavam totalmente imunizadas, tendo em conta que é preciso contar duas semanas pós-vacinação para as pessoas serem consideradas protegidas ao mais alto nível de eficácia.
Em contrapartida, em outros 139 casos, a vacinação é considerada “um fracasso”. Segundo a ministra da Saúde, na conferência de imprensa de quarta-feira, essas 139 pessoas foram infetadas pelo novo coronavírus após a toma das duas doses da vacina anticovid-19 e mais de duas semanas pós-vacinação.
De acordo com Paulette Lenert, esses 139 casos estão a ser alvo de estudo para se tentar descobrir se as infeções se devem à fisiologia das pessoas ou às novas variantes do vírus.
Já o primeiro-ministro, Xavier Bettel, defende que é preciso relativizar estes números, lembrando que as vacinas protegem contra as formas mais graves da covid-19. Avança que os dados estatísticos da vacinação nos idosos, que foram os primeiros a serem vacinados no Luxemburgo, são prova disso. Bettel diz que “há menos pessoas de idade ou vulneráveis hospitalizadas”, o que não era o caso antes do início da campanha de vacinação.
O Luxemburgo administrou até ao momento 220.251 doses de vacinas anticovid-19, sendo que segundo o Governo o ritmo vai acelerar-se nas próximas semanas, com a chegada de novas encomendas do fármaco.
Sabe-se que a vacinação protege contra as formas mais graves da covid-19 mas não contra os contágios. Neste contexto, convém lembrar que uma pessoa vacinada pode ser infetada. Não deverá sofrer grandes complicações, mas pode transmitir o vírus a outras pessoas que não estão vacinadas. Daí, as autoridades de saúde, nacionais e internacionais, continuarem a apelar ao uso da máscara das pessoas vacinadas. Neste caso, trata-se de proteger sobretudo a saúde dos outros.
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