Onze acusados no caso de acidente com escultura de gelo que matou menino de dois anos
Onze acusados no caso de acidente com escultura de gelo que matou menino de dois anos
Partes de um bloco de 700 quilos atingiram um menino na noite de 24 de novembro de 2019. Emran morreu a caminho do hospital. Tinha dois anos e dez meses. Três anos após o acidente no Knuedler, os pais ainda estão à espera de respostas, com a investigação do caso ainda a decorrer.
O juiz de instrução queria concluir as investigações no final do mês de julho. No entanto, de acordo com o Ministério Público, o advogado de um dos acusados tinha pedido novas verificações pouco antes. Como resultado, a conclusão da investigação acabou por ser novamente adiada.
Ministério Público não identifica os 11 acusados
Imediatamente após o acidente, foi aberta uma investigação por homicídio involuntário, tendo um juiz de instrução acusado mais tarde onze pessoas. O Ministério Público não quer fazer quaisquer declarações sobre a identidade dos acusados. Só após a conclusão da investigação é que uma câmara do conselho judicial decidirá qual destes terá de responder perante o tribunal.
Por conseguinte, ainda falta informação oficial sobre a identidade dos mesmos. No entanto, as questões sobre a possível responsabilidade de todos os envolvidos são suscetíveis de desempenhar um papel significativo na investigação. De acordo com o relatório, muitos atores podem ser considerados como possíveis réus: por exemplo, o designer da escultura, o empregador, o cliente das esculturas ou mesmo os organizadores do mercado de Natal da capital.
Escultura para ser utilizada pelos visitantes
A escultura de gelo em três partes tinha sido feita apenas três horas antes do incidente e colocada não muito longe da pista de gelo em frente ao Knuedler. A instalação, encomendada pelo Gabinete de Turismo da Cidade do Luxemburgo, tinha sido concebida como uma "escultura participativa".
Um esconderijo colocado no trenó convidava os visitantes do mercado de Natal da capital a sentarem-se no mesmo. Uma oportunidade que muitas famílias aproveitaram para tirar fotografias de recordação. Este foi também o caso da família de Emran: quando o rapaz se sentou num dos trenós por volta das 20 horas, a réplica de 2,5 metros de altura de uma fachada de um chalé de madeira tombou por detrás do trenó.
Mais tarde, um especialista em design de gelo salientou ao Luxemburger Wort que um tal acidente não deveria ter acontecido. Um muro tão alto tinha de ficar de pé em segurança. Segundo o especialista houve um erro durante a construção da estrutura. A Cidade do Luxemburgo reagiu ao acidente e, desde então decidiu acabar com as esculturas de gelo nos mercados de Natal.
(Este artigo foi originalmente publicado no Luxemburger Wort e traduzido para o Contacto por Tiago Rodrigues.)
O Contacto tem uma nova aplicação móvel de notícias. Descarregue aqui para Android e iOS. Siga-nos no Facebook, Twitter e receba as nossas newsletters diárias.
