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O meu primeiro Natal no Luxemburgo "passei sozinho no quarto. Este ano vai ser igual"
Luxemburgo 3 03.12.2022
Emigração

O meu primeiro Natal no Luxemburgo "passei sozinho no quarto. Este ano vai ser igual"

Emigração

O meu primeiro Natal no Luxemburgo "passei sozinho no quarto. Este ano vai ser igual"

Foto:Guy Jallay/Luxemburger Wort
Luxemburgo 3 03.12.2022
Emigração

O meu primeiro Natal no Luxemburgo "passei sozinho no quarto. Este ano vai ser igual"

Ana Patrícia CARDOSO
Ana Patrícia CARDOSO
O português Gil da Silva vai voltar a passar a Consoada sozinho, tal como há 10 anos, quando chegou ao Luxemburgo pela primeira vez.

Para Gil da Silva, 44 anos, há vários anos em que o Natal no Luxemburgo é sinónimo de "solidão e tristeza". E este ano não será diferente. 

Segundo este português de Pombal, esta vai ser mais uma noite que passa no seu quarto, sozinho, sem ver nada que lembre o Natal. "Como não vejo televisão nem os canais internacionais, tento não ter saudades e acho que me habituei". 

O hábito veio da repetição, uma vez que há precisamente 10 anos estava na mesma situação. 

Em 2012 tinha emigrado para a Alemanha, sem grandes resultados, e seguiu-se o Grão-Ducado, onde assentou arraiais a meio do ano. Lançou-se na busca por uma vida melhor e conseguiu trabalho em Mersch, na BMW Schmitz, onde ficaria por três anos e meio. 

Quando chegou a época natalícia, não tinha seis meses de casa e a possibilidade de tirar dias estava fora de questão. Por isso, teve de ficar no país e passar o seu primeiro Natal sozinho. Comprou algo diferente para beber e comer e foi essa a sua Consoada. 

Em Pombal, no distrito de Leiria, os pais "sofreram mais do que eu. Era o primeiro Natal sem um dos filhos - são dois - e queriam que estivesse ali com eles". 

Acabou por regressar a Portugal anos mais tarde porque conheceu alguém, mas o relacionamento não duraria e regressou ao Luxemburgo em 2022. "Gosto do país, vim para ficar". 

Déjà vu

Tal como há uma década, também chegou a meio de 2022, começou a trabalhar no talho Casa do Brill em Esch-sur-Alzette e ainda não fez os seis meses necessários para tirar os primeiros dias de férias. Desta forma, no 24 de dezembro, vai repetir o ritual solitário de ficar no quarto, comer alguma coisa e esperar pelo próximo dia. 

Desta vez, os pais já estão mais preparados para a sua ausência. E podem abraçar o filho daqui a um ou dois meses porque Gil está decidido a voltar a terras lusas em janeiro ou fevereiro. Ou "talvez no Carnaval, que é mais divertido", remata.

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