Ministro contra contratação de empresa de segurança privada na capital
Ministro contra contratação de empresa de segurança privada na capital
Em declarações à RTL, Kox lamentou a decisão, acrescentando que a autarquia não consultou o seu ministério ou a direção-geral da polícia.
O ministro explica que a presença de agentes no terreno é da competência da polícia, frisando que uma privatização do setor da segurança é “inaceitável”.
A comuna da capital anunciou na quinta-feira a contratação de uma empresa de segurança privada para patrulhar os bairros da gare e do centro, entre os dias 1 de dezembro deste ano e 31 de janeiro de 2021, para “lutar contra o sentimento de insegurança urbana”.
Também citada pela RTL, a burgomestre Lydie Polfer esclareceu que a decisão surge para fazer face a uma degradação da segurança nos últimos meses naqueles dois bairros, apesar de as equipas da polícia no local terem sido reforçadas com três dezenas de agentes.
Polfer adianta que o objetivo não é pisar a polícia, mas sim colaborar com as forças de segurança a quem dá os parabéns pelo trabalho efetuado. A líder autárquica ressalva, no entanto, que a polícia não dispõe de pessoal suficiente para garantir uma presença em todos os bairros, razão pela qual a comuna decidiu reforçar a “presença preventiva para gerir melhor a situação”.
Lydie Polfer sublinha, ainda, que não se trata da primeira vez que a autarquia contrata este tipo de serviço, sendo uma prática corrente no âmbito dos mercados de Natal.
O ministro da Segurança Interna não foi o único a opor-se à decisão da autarquia. Membros de partidos como o déi Lénk, déi Gréng, LSAP e ADR e ainda a Federação Geral da Função Comunal já reagiram à notícia, mostrando-se contra a privatização do setor.
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