O Luxemburgo é um dos países da União Europeia (UE) que aceitou acolher migrantes que desembarcaram do Sea Watch 3.
Luxemburgo vai receber migrantes do Sea Watch 3
O Luxemburgo é um dos países da União Europeia (UE) que aceitou acolher migrantes que desembarcaram do Sea Watch 3.
Trata-se do navio da organização não-governamental que atracou à revelia do governo italiano, em Lampedusa, na madrugada de sábado. A bordo do navio estavam 40 migrantes que vão ser distribuídos por cinco países.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Jean Asselborn, confirmou à RTL que o Luxemburgo vai receber alguns desses migrantes, não adiantando o número exato. A Alemanha, França, Finlândia e também Portugal são os outros países da UE que se mostraram disponíveis para acolher os migrantes.
A capitã do navio, Carole Rackete, foi detida no sábado depois de ter desafiado a “política de portos fechados” imposta pelo ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, ao ter atracado, sem autorização, o navio Sea Watch 3 no porto de Lampedusa.
O objetivo era o desembarque de 40 migrantes resgatados ao largo da Líbia que estavam há mais de 15 dias a bordo do navio humanitário.
Carola Rackete foi colocada em prisão domiciliária, mas entretanto um juiz italiano decidiu, esta terça-feira a favor da libertação da capitã do navio, salientando que a capitã alemã estava a “cumprir o seu dever de salvar vidas”.
Susy Martins / Lusa
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O governo italiano acredita que a presença destes navios é um fator de atração para os migrantes que partem da costa da Líbia.
O Luxemburgo e Portugal são dois dos cinco países que vão receber os 82 migrantes que desembarcaram hoje na ilha italiana de Lampedusa depois de seis dias a bordo do navio Ocean Viking. Um vídeo mostra o momento em que as pessoas resgatadas receberam a notícia.
Carola Rackete foi detida em finais de junho por desembarcar em Lampedusa, sem autorização, 40 migrantes resgatados em alto mar.
Referindo que o ministro italiano, conhecido por criar a regra dos “portos fechados” a refugiados, impulsiona os ódios, o advogado explicou que uma queixa por difamação “é uma maneira de enviar um sinal”, defendeu , afirmou um dos advogados de Carola Rackete.
O juiz encarregue do inquérito preliminar recusou o pedido dos procuradores italianos para manter a prisão domiciliaria, salientando que a capitã alemã estava a “cumprir o seu dever de salvar vidas”.
Quatro países da União Europeia: Alemanha, França, Luxemburgo e Portugal aceitaram receber os 64 migrantes de origem africanos que se encontravam sem poder sair da embarcação humanitária alemã Alan Kurdi, que os tinha resgatado de morrer ao largo da Líbia.