Luxemburgo suspende uso de hidroxicloroquina em doentes com covid-19
Luxemburgo suspende uso de hidroxicloroquina em doentes com covid-19
O Grão-Ducado proibiu o uso da hidroxicloroquina para tratar a covid-19. Em causa estão estudos que alertam para a ineficácia do medicamento na nova doença e até para riscos associados à sua administração, como complicações cardíacas.
O antimalárico também foi retirado do ensaio clínico europeu “Discovery”, no qual o Luxemburgo participa e que visa testar a eficácia de fármacos usados noutras doenças, como ébola ou sida, no tratamento da covid-19. A suspensão do medicamento no Grão-Ducado foi confirmada à RTL pela Direção da Saúde, no dia em que a França anunciou a retirada da hidroxicloroquina dos protocolos sanitários de combate ao novo coronavírus.
Também o Panamá anunciou, esta quarta-feira, a suspensão do medicamento no tratamento de doentes infetados com SARS-CoV-2.
A hidroxicloroquina é um derivado da cloroquina, um medicamento de combate à malária que tem vindo a ser administrado em doentes com covid-19 em vários países.
A eficácia do medicamento no tratamento de doentes com covid-19 tem sido defendida publicamente pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, e pelo seu homólogo brasileiro Jair Bolsonaro.
Um estudo publicado na semana passada pela revista de medicina The Lancet associava a administração da substância a complicações cardíacas. Também dois organismos franceses na área da saúde (Agência de Medicamentos e Conselho Superior de Saúde Pública) opõem-se ao uso do medicamento em doentes com covid-19.
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