Luxemburgo suspende uso da vacina da AstraZeneca
Luxemburgo suspende uso da vacina da AstraZeneca
O Governo do Luxemburgo anunciou na tarde desta segunda-feira, 15, que vai suspender temporariamente a utilização da vacina da AstraZeneca e usou o mesmo argumento que os restantes Estados-Membros para justificar a medida: "precaução".
Em comunicado, o Ministério da Saúde diz que "na sequência da decisão de vários Estados-Membros da UE, incluindo França e Alemanha, de suspender temporariamente a vacinação com a vacina AstraZeneca, o Luxemburgo decidiu tomar a mesma decisão". De acordo com o Governo, a medida "diz respeito tanto à vacinação inicial como à vacinação da segunda dose".
Esta "medida de precaução" está em vigor até "que a avaliação do comité de segurança da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) esteja concluída", o que deverá acontecer ainda esta semana.
Só esta segunda-feira, quatro países anunciaram que a vacina da AstraZeneca está suspensa até nova ordem, juntando-se à lista já extensa de estados-membros que admitem receio quanto a este fármaco. Países Baixos, França, Alemanha e Itália admitem o receio em relação aos relatos de possíveis coágulos sanguíneos em pessoas que tomaram a vacina e preferem optar por medidas preventivas.
O comité de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a segurança de vacinas já anunciou que vai reunir-se esta terça-feira para discutir a vacina da AstraZeneca, "revendo todos os dados possíveis". No entanto, a OMS tem defendido que "não há razão para não usar esta vacina".
Segurança nos resultados
Em comunicado no domingo, a AstraZeneca disse que "uma revisão cuidadosa" dos dados de segurança disponíveis sobre mais de 17 milhões de pessoas vacinadas na União Europeia e no Reino Unido "não produziu evidências de um risco aumentado de embolia pulmonar, trombose venosa (TVP) ou trombocitopenia em qualquer faixa etária, sexo, lote ou país específico".
"Cerca de 17 milhões de pessoas na União Europeia e no Reino Unido já receberam a nossa vacina e o número de casos de coágulos sanguíneos relatados neste grupo é menor do que as centenas de casos que seriam esperados na população em geral", comparou Ann Taylor, diretora médica, citada no comunicado.
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