Luxemburgo é o país com menos emigrantes portugueses qualificados
Luxemburgo é o país com menos emigrantes portugueses qualificados
O Luxemburgo é o país com menos emigrantes portugueses qualificados. A esmagadora maioria dos portugueses a viver no Grão-Ducado não foi além do ensino básico (73% do total). Só 4% tinham um diploma de ensino superior em 2011, sendo apenas 23% os que frequentaram o ensino secundário.
Os dados são do último Relatório da Emigração, elaborado pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas. O estudo deita por terra o mito de uma nova emigração “altamente qualificada”, apesar de a percentagem de emigrantes com ensino superior ter crescido em alguns países.
Globalmente, entre os portugueses emigrados, “continuam a predominar os indivíduos com baixas e muito baixas qualificações”, aponta o relatório.
Entre 2001 e 2011, a percentagem de portugueses emigrados com formação superior nos países da OCDE passou de 6% para 11%. Um valor que quase duplicou, mas que não chega para alterar o perfil da maioria da emigração portuguesa, que continua a ter baixas qualificações. Na maioria dos países de destino da emigração portuguesa, a percentagem de emigrantes com ensino superior “não teve aumentos significativos”, indica o estudo, ressalvando apenas os casos do Reino Unido, Noruega e Suécia.
É no Reino Unido que a percentagem de emigrantes com diploma do ensino superior é maior, rondando em 2011 os 38%.
No pólo oposto, estão os emigrantes portugueses no Luxemburgo. Em 2011, só 4% tinham um diploma de ensino superior, sendo 73% os emigrantes com apenas o ensino básico, uma percentagem que aumentou mesmo 8% desde 2001.
Ao contrário de outros países, que viram a percentagem de emigrantes qualificados aumentar, no Luxemburgo o número de portugueses só com o ensino básico subiu de 65% em 2001 para 73% em 2011. Esta “evolução em contracorrente” confirma o Luxemburgo “como um dos destinos da emigração de trabalho menos qualificado da história portuguesa recente”, indica o estudo.
Só em Espanha há mais emigrantes portugueses com apenas o ensino básico (74%). Em contrapartida, naquele país a percentagem de emigrantes portugueses com formação superior “é três vezes maior que no Luxemburgo (13% contra 4%)”, aponta o relatório.
P.T.A.
