Luxemburgo é dos maiores consumidores europeus de antibióticos
Luxemburgo é dos maiores consumidores europeus de antibióticos
“Está na altura de soar o alarme! O consumo inapropriado de antibióticos no Homem e nos animais resulta em bactérias resistentes. Todos os anos morrem mais de 33.000 pessoas na União Europeia”.
A mensagem é dos ministérios da Saúde e da Agricultura do Luxemburgo que relançaram a campanha de informação sobre a utilização dos antibióticos.
No âmbito do Dia Europeu dos Antibióticos, que se assinala hoje, os ministros Étienne Schneider e Romain Schneider querem sensibilizar a população para os riscos associados ao uso inapropriado e excessivo de antibióticos, tanto na medicina humana, como veterinária.
O Grão-Ducado é o oitavo maior consumidor de antibióticos da União Europeia. No entanto, segundo um estudo recente do Centro Europeu de Prevenção e de Controlo de Doenças (ECDC), a prescrição de antibióticos caiu 18% em dez anos no Luxemburgo, mais precisamente entre 2007 e 2017.
Consoante a estação do ano, o número de prescrições de antibióticos aumenta consideravelmente, verificando-se um aumento de 35% no inverno por causa da gripe.
O consumo excessivo e inapropriado de antibióticos resulta na resistência de bactérias. O número de pacientes que desenvolvem resistências a bactérias não para de aumentar na União Europeia. Em 39% dos casos de infeções trata-se de bactérias contra as quais nem os antibióticos mais potentes são eficazes. Estima-se que mais de 33.000 pessoas morram na União Europeia devido a infeções causadas pelas chamadas ‘superbactérias’. Daí o alerta dirigido tanto aos médicos como aos pacientes: receitar e tomar antibióticos apenas quando este é absolutamente indispensável.
Os ministros da Saúde e da Agricultura lembram que o governo aprovou em 2018 um Plano Nacional Antibióticos que vai até 2022 e que tem como objetivo reduzir as resistências aos antibióticos no país, limitando a prescrição quer para o ser humano, como para os animais.
Para além da sensibilização da população, o ministro da Saúde, Étienne Schneider, lembra que o plano nacional também é dirigido aos médicos e especialistas da área da saúde. Nesse sentido são organizadas regularmente formações sobre esta temática.
