Luxemburgo confirma primeira morte devido a toma da vacina da AstraZeneca
Luxemburgo confirma primeira morte devido a toma da vacina da AstraZeneca
Depois de vários meses a investigar a morte de uma idosa de 74 anos no Grão-Ducado o Ministério Público concluiu esta segunda-feira que houve uma relação causal entre a morte a vacinação com a AstraZeneca contra a covid-19. No comunicado enviado à imprensa, o MP concluiu que "as análises efetuadas eram compatíveis com a trombocitopenia imunológica trombótica induzida pela vacina covid-19", pode ler-se.
O caso judicial foi encerrado "uma vez que não foi possível estabelecer qualquer infração penal", refere ainda o MP no comunicado enviado à imprensa. A paciente de 74 anos morreu em abril passado, duas semanas após ter tomado a vacina da AstraZeneca, vítima de uma hemorrargia cerebral.
Após a autópsia realizada a 13 de abril as autoridades iniciaram uma investigação judicial ao caso, incluindo a apreensão do processo médico do paciente e a realização de relatórios periciais pelo Laboratório Nacional de Saúde e pela Universidade de Medicina Greifswald na Alemanha.
O Ministério Público decidiu encerrar, assim, o processo sem qualquer procedimento criminal. A Direção da Saúde já foi informada dos resultados da investigação, dizem ainda.
No total, há outras duas mortes possivelmente relacionadas com a toma de uma das vacinas contra a covid-19 a ser investigadas no Grão-Ducado. Todos os três casos ocorreram em pacientes com 74 anos ou mais.
Os casos de coágulos sanguíneos após a toma da vacina da AstraZeneca (designada de Vaxzevria) aconteceram em vários países em todo o mundo e foram considerados "muito raros" pela Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa). Em abril passado a EMA insistia que os benefícios dos fármacos contra a covid-19 superam os riscos. O regulador europeu do medicamento reitera que a formação de coágulos de sangue devem ser listados como efeitos secundários "muito raros" da Vaxzevria.
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