Luxemburgo. “70% da população corre o risco de ser infetada” pelo coronavírus
Luxemburgo. “70% da população corre o risco de ser infetada” pelo coronavírus
“A ciência diz que temos que considerar que boa parte da população, 70%, como também será o caso no estrangeiro, corre o risco de ser afetada por este vírus”, declarou a Ministra da Saúde, Paulette Lenert, na conferência de imprensa, ontem à noite. Esta é uma estimativa internacional e idêntica à de outros países feita com base na fase atual da pandemia, frisou ontem na conferência de imprensa ao país para anunciar novas medidas para prevenir a propagação do vírus.
No entanto, “a maioria sofrerá apenas de uma boa gripe”, sem outros de problemas de saúde maiores, acrescentou a ministra de seguida. Tais probabilidades de infeção foram estimadas por especialistas para a Europa e não apenas para o Luxemburgo.
Até ontem, o país tinha 26 casos de pessoas infetadas, entre eles uma doente de 90 anos em caso crítico.
O cenário possível de infeção futura traçado por Paulette Lenert é idêntico ao declarado por Angela Merckel para a Alemanha na quarta-feira. "60 a 70% dos habitantes da Alemanha serão infetados com o coronavírus", disse a chanceler num comunicado ao país.
Testes limitados
O primeiro-ministro Xavier Bettel e a ministra da Saúde admitiram que o stock de testes de diagnóstico da doença “não é finito”, e perante uma percentagem tão elevada de suspeitas de infeção há que atender com prioridade “os doentes com complicações têm preferência”.
“Essas pessoas precisarão ser testadas para fazer um diagnóstico correto e fornecer tratamento adequado. É uma questão de usá-los com sabedoria, para não esgotar os stocks antes da próxima entrega”, explicou a ministra da saúde.
Implementar as teleconsultas
O primeiro-ministro e a ministra da Saúde pediram ainda para que quem suspeite que possa estar infetado que fique em casa em quarentena e recorra aos conselhos do governo.
A linha direta 8002 8080 vai ser a partir de hoje reforçada para atender os utentes, embora se preveja que só amanhã possa estar a funcionar plenamente.
Para prevenir o contágio e diminuir as idas aos hospitais e centros de saúde o governo vai implementar um sistema de teleconsultas para que a partir de casa, os utentes possam consultar o médico, pedir conselhos e ser tratados à distância.
Os governantes apelaram ao "bom senso da população e para que "todos nós contribuam da melhor forma possível" para evitar a propagação do novo coronavírus.
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