Luxemburgo. 10% a 15% dos casos Omicron são reinfeções
Luxemburgo. 10% a 15% dos casos Omicron são reinfeções
Nunca no Luxemburgo se registaram tantos casos de pessoas reinfectadas como agora e a culpa é da variante Omicron. A revelação foi feita pelo epidemiologista Jöel Mossong ontem no espaço de perguntas e respostas no Facebook do Ministério da Saúde.
As infeções com esta nova variante continuam a bater recordes diários no país, devido ao maior poder de contágio que a Omicron possui.
Na quinta-feira à noite, a Direção da Saúde confirmava 3.064 novos casos, e a curva vai continuar a subir, pelo menos mais 1000 casos, avançaram este epidemiologista e Thomas Dentzer, virologista da Direção da Saúde, citados pela RTL.
O serviço de rastreamento de contatos, o Contact Tracing, deverá em breve ser confrontado com “4000 casos”, perspetivam estes especialistas.
De novo infetados pela covid-19
Entre as pessoas infetadas crescem os casos de reinfeções. Atualmente, “10% a 15% dos casos de pessoas infetadas com a Omicron já estiveram infetados antes, com outra variante, e isto é muito mais comum agora”, sublinhou o epidemiologista do Laboratório Nacional de Saúde do Luxemburgo (LNS).
A reinfeção acontece porque a Omicron “é quase um novo vírus”, capaz de contornar a “imunidade adquirida por uma antiga infeção ou pela vacina”, explica este cientista. Esta é a variante do SARS-CoV-2 que possui mais alterações do código genético do vírus original, cerca de meia centena, sendo que 30 destas mutações são na proteína Spike, a “chave” do vírus para entrar nas células e infetá-las.
Proteção da vacina
Ao ter tantas alterações nesta “chave”, o organismo não reconhece a Omicron como um perigo de infeção da covid-19 e não atua. Por isso, há tantas reinfeções de pessoas. Também está provado que as vacinas atuais não protegem tão eficazmente contra esta variante, como para as anteriores.
Contudo, a vacina “mesmo que sejam apenas as duas doses” continua a “proteger as pessoas contra as formas graves da doença”, vinca Jöel Mossong. E a prova é que apesar do grande aumento de infeções, os internamentos por covid-19 são muito menores do que nas vagas anteriores.
A dose de reforço “booster” é necessária pois é a “praticamente a única solução para a proteção contra a Omicron”, especificamente, realçaram os dois especialistas.
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