Escolha as suas informações

LCGB quer aumentar de 24 para 56 os dias de teletrabalho dos transfronteiriços belgas
Luxemburgo 07.01.2020 Do nosso arquivo online

LCGB quer aumentar de 24 para 56 os dias de teletrabalho dos transfronteiriços belgas

LCGB quer aumentar de 24 para 56 os dias de teletrabalho dos transfronteiriços belgas

Foto: Getty Images
Luxemburgo 07.01.2020 Do nosso arquivo online

LCGB quer aumentar de 24 para 56 os dias de teletrabalho dos transfronteiriços belgas

Teresa CAMARÃO
Teresa CAMARÃO
O sindicato quer ver concedido um dia de teletrabalho por semana aos trabalhadores do Luxemburgo que moram na Bélgica. A Confederação dos Sindicatos Cristãos (CSC) juntou-se à reivindicação.

LCGB e CSC argumentam que os 24 dias de teletrabalho em vigor para os transfronteiriços belgas são "insuficientes" e propõem que estes trabalhadores passem a ser contemplados com 56 dias neste regime. 

Tendo em conta que o tempo médio de trabalho no Grão-Ducado é de 225 dias por ano, a Comissão Belga de Fronteiras das duas estruturas sindicais propõe que, do bolo total, uma fatia de 25% passe a ser feita à distância no modelo do teletrabalho. 

Consideram que "um dia de teletrabalho por semana parece ser o mínimo absoluto a ser concedido" e que "aumentar este número para 56 dias para aproximar os limiares fiscais e de segurança social não seria um grande esforço adicional" para os cofres do Estado. 

Embora não considerem que o teletrabalho é um modelo milagroso face aos crescentes problemas de mobilidade entre a Bélgica e o Luxemburgo, o secretário-geral adjunto da Comissão Belga das Fronteiras diz que a solução do alargamento do dias "pode ser um elemento que contribui para a solução global, como a partilha de carros". 

Na expectativa da revisão do número de dias, os belgas veem-se confrontados com a ausência de um governo federal e consequentemente com a impossibilidade de selar um acordo bilateral entre o país onde têm residência e o país onde trabalham. Além disso, nem a Bélgica nem o Luxemburgo se entendem nas negociações. 

Se por um lado o ministro das Finanças belga, Alexander De Croo, diz que as alterações ao tratado fiscal belgo-luxemburgusa pode ser assinada ainda este ano, o luxemburguês Pierre Gramegna vinca que não há qualquer acordo no horizonte. 

Certo é que, para já, os transfronteiriços belgas mantêm o regime de 24 dias de trabalho à distância, contra os 29 dos franceses e os 19 dos alemães. 


Notícias relacionadas