“Inadmissível”. Horesca escandalizada com o Governo
“Inadmissível”. Horesca escandalizada com o Governo
Em causa está uma declaração da ministra da Saúde, Paulette Lenert, na conferência de imprensa desta terça-feira, durante a qual afirmou que “a horesca representa um perigo maior na propagação do novo coronavírus”.
“Isto é inadmissível!”, exclama a Horesca num comunicado, pedindo explicações à ministra, já que “nunca foram revelados dados científicos” nesse sentido. Pelo contrário, “o primeiro-ministro, Xavier Bettel, tem martelado que as contaminações acontecem principalmente na esfera privada”. Daí a Horesca pedir à ministra da Saúde para divulgar os números sobre os quais se baseia.
Os patrões de hotéis, restaurantes e cafés consideram que “o setor é penalizado e está a sofrer as consequências do comportamento de alguns concidadãos”.
E, avançam como prova os números de infeções divulgados pelo Governo. “Há algumas semanas, havia, em média, 500 novos contágios diários. O que levou ao encerramento quase total das atividades económicas. Agora, esse número caiu para menos de 200 novas infeções”.
Tendo em conta que cafés e restaurantes estão encerrados desde 26 de novembro do ano passado e que os restantes setores de atividade fecharam a 26 de dezembro, os responsáveis da Horesca qualificam a atual posição do Governo de “incompreensível”.
Consciente do perigo que este vírus representa e que a “saúde pública deve estar acima de tudo”, a Horesca descarta contudo “ser a causa do problema”.
Quanto à sobrevivência do setor, embora as ajudas financeiras do Estado sejam um bom contributo, a Horesca explica que só cobrem parcialmente as despesas que as empresas enfrentam.
Daí reivindicar uma ajuda com caráter de urgência para todos os independentes, acrescentando que “muitos empreendedores estão a viver uma situação financeira muito difícil, não tendo mais meios de sobrevivência, uma vez que o setor vai totalizar mais de 125 dias de encerramento, desde o início da pandemia”.
Os representantes do setor pedem ainda ao Governo que as despesas das empresas sejam reembolsadas a 100% e que no caso do desemprego parcial, o reembolso aconteça no máximo cinco dias após a introdução do pedido. Atualmente, “há empresas que estão há mais de dois meses à espera de serem reembolsadas”.
A Horesca sublinha que a vontade do setor não é de viver de subvenções, mas do fruto do seu trabalho. O Governo anunciou esta terça-feira que os restaurantes, cafés e bares vão se manter encerrados até 31 de janeiro. Mas, os comércios não essenciais, cinemas e teatros vão poder reabrir já a partir da próxima segunda-feira.
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