Homicida de Ana Lopes apresenta recurso contra condenação de perpétua
Homicida de Ana Lopes apresenta recurso contra condenação de perpétua
No próprio dia da leitura da sentença no Tribunal do Luxemburgo que condenou o português Marco Silva a pena de prisão perpétua pelo homicídio de Ana Lopes, em 2017, o seu advogado Gennaro Pietropaolo avançou ao Contacto que iria recorrer da decisão.
Agora já é oficial. Gennaro Pietropaolo já deu entrada do apelo de recurso por isso, em breve, este caso voltará a tribunal, como anunciou ontem o L'Essentiel. Contudo, ainda não há data fixada, como declarou fonte judicial a este diário.
Poucas horas depois da sentença, no passado dia 14, a defesa de Marco Silva aguardava a cópia da condenação do juiz para voltar a reabrir o processo e argumentar contra a decisão, contou nessa altura este causídico.
Defesa pede mais provas
Desde o início que Marco Silva se declara "inocente", tendo, no entanto, o tribunal entendido que o português foi o autor do crime hediondo que chocou o País.
O português foi detido seis meses após o homicídio encontrando-se desde essa altura preso. No dia do veredito, Marco Silva voltou a afirmar que não tinha assassinado a ex-namorada Ana Lopes. "Nesta perspetiva existe um sentimento de injustiça por estar preso", avaliou ao Contacto o advogado de Marco Silva, após a sentença.
"Ele é o suspeito perfeito, é ex-namorado, eles tinham um filho mas acho que não é suficiente, há elementos que não estão claros, incluindo certas provas forenses", defendeu Gennaro Pietropaolo. Elementos que a defesa quer ver investigados por isso avançou com o recurso da decisão.
Família de Ana Lopes sem descanso
A família da portuguesa Ana Lopes que respirou "aliviada" com a sentença volta assim a ter de reviver a história da morte de Ana Lopes.
"O processo foi longo, muito difícil para a família da Ana, eles precisavam de ter respostas. Respostas que não foram dadas pelo Marco", como admitir a culpa, contou ao Contacto Marisa Roberto, advogada da família de Ana Lopes, após a leitura da sentença, a 14 de janeiro. Para os familiares "a sentença foi a esperada" pelo que ficaram "mais aliviados", apesar de não trazer a filha de volta", salientou Marisa Roberto, nesse dia.
Siga-nos no Facebook, Twitter e receba as nossas newsletters diárias.
