Habitação: “As rendas devem ser adaptadas ao rendimento familiar”, diz ministro
Habitação: “As rendas devem ser adaptadas ao rendimento familiar”, diz ministro
Entre a população com os rendimentos mais baixos do Grão-Ducado há 18 mil famílias que gastam mais do que 40% do seu rendimento mensal na renda da casa alugada.
Ainda entre esta população há 11.800 famílias que compraram a sua primeira casa e estão a pagar hipoteca ao banco, cuja mensalidade é igualmente superior a 40% do seu rendimento familiar.
Estes dados sobre a taxa de esforço - assim se chama à percentagem do rendimento total do agregado familiar destinada ao pagamento de prestações, neste caso da habitação - constam de dois novos estudos socioeconómicos do Observatório da Habitação, encomendados pelo Ministério da Habitação foram esta tarde apresentados em conferência de imprensa.
“A conclusão é clara: o custo da habitação está a aumentar mais rapidamente do que os rendimentos, e isto é particularmente verdade para os inquilinos, que se encontram entre os 40% da população com os rendimentos mais baixos”, indicam os estudos sobre a acessibilidade da habitação , citados no artigo divulgado no site do Ministério da Habitação.
Rendas a preços acessíveis
Por isso, Henri Kox lançou-se no “desafio da habitação a preços acessíveis” num país cuja especulação do mercado imobiliário e a pouca oferta de casas tornou as rendas proibitivas.
O Ministro voltou a afirmar que para modificar esta situação irá apresentar um projeto de lei de reforma do arrendamento e do mercado da habitação, ainda este verão, como o Contacto já anunciou e esta tarde admitiu.
70% das futuras casas
Um dos objetivos é aumentar a disponibilidade de casas com rendas acessíveis, sobretudo para as famílias com menor rendimento. A perspetiva é disponibilizar “70% das habitações para arrendamento acessível dos projetos em grande escala que que os promotores públicos vão desenvolver nos próximos anos”, adiantou o Ministro da Habitação.
Estas habitações serão de “acessibilidade diferenciada”, vincou Henri Kox. E explicou o conceito: “A renda será adaptada à situação do rendimento das famílias, de modo a que a ‘taxa de esforço’ consiga ser de 30% do rendimento familiar em vez de 50%. Desta forma, após dedução da renda, as famílias continuarão a ter o dinheiro que necessitam um nível de vida decente!”
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