Governo quer que novas infeções não ultrapassem a barreira dos 500 casos diários
Governo quer que novas infeções não ultrapassem a barreira dos 500 casos diários
O projeto de lei está, aliás, já pronto para ir a votos no Parlamento na próxima segunda-feira. Mas o que significa em números concretos baixar o número de novas infeções? A ministra da Saúde, Paulette Lenert, já quantificou. "O objetivo é não ultrapassar a barreira das 500 novas infeções diárias até segunda-feira".
Algo que não se está a verificar. Apesar dos 425 casos registados na terça-feira, o número voltou a dobrar esta quarta para 891 novas infeções, bem longe da meta apontada pelo Governo.
Segundo Lenert, se o Luxemburgo conseguir manter as novas infeções abaixo das 500 por dia, seria um "bom indicador para as próximas semanas", e demonstraria que o recolher obrigatório e o limite de quatro convidados por agregado familiar, estariam a resultar, de forma persistente. Apesar de continuar a ressalvar que a situação é preocupante e que quanto menos novos casos melhor.
Mas para os cientistas do país a meta das 500 infeções é um número insuficiente. O ideal seria de não ultrapassar a barreira das 200 novas infeções diárias até ao Natal, tem vindo a defender o investigador e médico Paul Wilmes. O especialista considerou, até, recentemente, que as medidas do Governo "não são suficientes para diminuir consideravelmente o número de novos contágios". De acordo com Wilmes, as pessoas aumentam os seus contactos sociais durante o período natalício. E caso o número de novas infeções se mantenha a um nível elevado, há o risco de um novo aumento exponencial no início de 2021.
Esta terça-feira em conferência de imprensa Xavier Bettel lançou o aviso à população : "Se até ao final da semana o número de infeções e contágios não diminuir" o Luxemburgo vai tomar medidas mais restritivas que poderão manter-se até 15 de dezembro e um prolongamento do recolher obrigatório. Bettel deixou mesmo a possibilidade de fechar novamente a restauração a partir da próxima semana, com um confinamento parcial à vista. "As perdas serão cobertas a 100% para as empresas afetadas por um possível novo encerramento", referiu mesmo o primeiro-ministro.
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