No domingo à noite, dia 17 de fevereiro, Inês Barata Feio Terrahe, 32 anos, foi assassinada à facada,
à porta de casa, em Franz-Rücker-Allee, alegadamente pelo seu ex-namorado
Stefan Borger , de 35 anos.
Alertado por gritos de ajuda, foi um vizinho que encontrou Inês caída no chão. Tinha sida atingida várias vezes. O vizinho alertou as emergências, mas quando lá chegaram Inês já tinha morrido.
O vizinho ainda viu o agressor -um ex-namorado da vítima com quem esta já não mantinha uma relação desde o fim do ano passado - quando foi socorrer a jovem médica. Stefan Borger segurava uma faca ensanguentada e "parecia agressivo", descreveu o homem ao jornal alemão "Bild". "Rapidamente peguei na chave do meu carro e no telemóvel e segui-o", adiantou, acrescentando que acabou por perder o rasto do alegado homicida.
O alemão, de 35 anos, foi detido no mesmo dia, no sul de Hesse, e apresentado a tribunal na segunda-feira.
Inês veio em bebé para Portugal. Viveu na Amadora até se mudar para Pilsen, República Checa, em 2004, para estudar Medicina, contou ao JN a amiga Lisa Caiado. Voltou em 2011 e ficou cinco anos a trabalhar em hospitais do país, mas a vontade de continuar a formação fez com que aprendesse alemão e rumasse a Frankfurt, no início de 2017, para se especializar em Dermatologia.
São já 12 as mulheres portuguesas assassinadas, em 2019, devido à violência de género.