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Exército luxemburguês vai pedir registo criminal a prestadores de serviços
Luxemburgo 19.03.2023
Polémica

Exército luxemburguês vai pedir registo criminal a prestadores de serviços

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Exército luxemburguês vai pedir registo criminal a prestadores de serviços

Foto: Gerry Huberty/Luxemburger Wort
Luxemburgo 19.03.2023
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Exército luxemburguês vai pedir registo criminal a prestadores de serviços

Maria MONTEIRO
Maria MONTEIRO
O caso do médico com cadastro recrutado para o exército levou o governo a apertar a vigilância em futuras contratações.

A partir de agora, os prestadores de serviços que queiram trabalhar no exército luxemburguês terão de apresentar uma fotocópia do seu registo criminal antes de assinarem qualquer contrato, revelaram os ministros da Defesa e da Saúde em resposta a uma questão parlamentar do Partido Cristão Social (CSV).


Exército luxemburguês contratou médico com cadastro
Mouhamadou Diagne é alvo de um processo criminal na Bélgica por emitir certificados covid-19 falsos.

Os deputados Jean-Marie Halsdorf e Diane Adehmquis quiseram saber mais sobre as circunstâncias de contratação de Mouhamadou Diagne, médico que começou a trabalhar no exército luxemburguês no final de 2022, apesar de ser alvo de um processo criminal na Bélgica por emitir certificados covid-19 falsos, tendo sido mesmo condenado por fraude em 2018.

Segundo o governo, o médico apresentou toda a documentação pedida para o contrato de prestação de serviços, nomeadamente o diploma e a autorização de exercício da profissão, esta última datada de 2019. Contudo, se nas restantes contratações a consulta do registo criminal é obrigatória, no caso dos prestadores de serviços esse procedimento era inexistente até agora.

Médico esteve em funções três dias

"Daqui para a frente, o exército vai pedir o registo criminal a todos os que se candidatem a uma vaga de prestação de serviços", asseguram os ministros François Bausch e Paulette Lenert.


Médico com cadastro no exército. Defesa diz que não havia "qualquer suspeita"
Direção da Defesa refere que o profissional de Saúde tinha um "contrato de prestação de serviços."

Mouhamadou Diagne esteve em funções por um breve período de tempo, tendo dado oito horas de consulta nos dias 1 e 6 de dezembro no quartel Grão-Duque Jean em Diekirch, na presença de uma enfermeira do exército. No dia 8, estava de serviço quando foi denunciado pelo College Médical, acabando por ser levado do seu escritório e ficando sem acesso ao quartel.

O contrato acabou por ser formalmente rescindido a 10 de janeiro. O governo garante que os atestados médicos emitidos pelo médico nos três dias de trabalho já foram verificados e "não foram detetadas quaisquer irregularidades".

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