Exército luxemburguês vai pedir registo criminal a prestadores de serviços
Exército luxemburguês vai pedir registo criminal a prestadores de serviços
A partir de agora, os prestadores de serviços que queiram trabalhar no exército luxemburguês terão de apresentar uma fotocópia do seu registo criminal antes de assinarem qualquer contrato, revelaram os ministros da Defesa e da Saúde em resposta a uma questão parlamentar do Partido Cristão Social (CSV).
Os deputados Jean-Marie Halsdorf e Diane Adehmquis quiseram saber mais sobre as circunstâncias de contratação de Mouhamadou Diagne, médico que começou a trabalhar no exército luxemburguês no final de 2022, apesar de ser alvo de um processo criminal na Bélgica por emitir certificados covid-19 falsos, tendo sido mesmo condenado por fraude em 2018.
Segundo o governo, o médico apresentou toda a documentação pedida para o contrato de prestação de serviços, nomeadamente o diploma e a autorização de exercício da profissão, esta última datada de 2019. Contudo, se nas restantes contratações a consulta do registo criminal é obrigatória, no caso dos prestadores de serviços esse procedimento era inexistente até agora.
Médico esteve em funções três dias
"Daqui para a frente, o exército vai pedir o registo criminal a todos os que se candidatem a uma vaga de prestação de serviços", asseguram os ministros François Bausch e Paulette Lenert.
Mouhamadou Diagne esteve em funções por um breve período de tempo, tendo dado oito horas de consulta nos dias 1 e 6 de dezembro no quartel Grão-Duque Jean em Diekirch, na presença de uma enfermeira do exército. No dia 8, estava de serviço quando foi denunciado pelo College Médical, acabando por ser levado do seu escritório e ficando sem acesso ao quartel.
O contrato acabou por ser formalmente rescindido a 10 de janeiro. O governo garante que os atestados médicos emitidos pelo médico nos três dias de trabalho já foram verificados e "não foram detetadas quaisquer irregularidades".
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