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Empresários luxemburgueses querem deixar de financiar CNS
Luxemburgo 27.02.2016 Do nosso arquivo online
Caixa Nacional de Saúde

Empresários luxemburgueses querem deixar de financiar CNS

Jean-Jacques Rommes, presidente da UEL, quer um novo sistema de segurança social
Caixa Nacional de Saúde

Empresários luxemburgueses querem deixar de financiar CNS

Jean-Jacques Rommes, presidente da UEL, quer um novo sistema de segurança social
Foto:Guy Jallay
Luxemburgo 27.02.2016 Do nosso arquivo online
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Empresários luxemburgueses querem deixar de financiar CNS

A União dos Empresários Luxemburgueses propôs esta quinta-feira um novo sistema de segurança social para o país, baseado unicamente nas quotizações do Estado e dos trabalhadores. O ministro da tutela, Romain Schneider, não gostou da ideia.

A União dos Empresários Luxemburgueses (UEL) propôs esta quinta-feira um novo sistema de segurança social para o país, baseado unicamente nas quotizações do Estado e dos trabalhadores. O ministro da tutela, Romain Schneider, não gostou da ideia.

O financiamento do sistema de segurança social é assegurado a 30% pelos trabalhadores, 30% pelos empresários e a 40% pelo Estado. Mas a UEL quer acabar com isso.

"Estes financiamentos cruzados não são lógicos nem lógicos nem coerentes nem transparentes", disse o administrador delegado da UEL, Jean-Jacques Rommes, defendendo a retirada dos empresários do sistema de segurança social para se concentrarem apenas no financiamento das suas reformas.

Para a UEL, a Caixa Nacional de Saúde (CNS) deve ser financiada unicamente pelos trabalhadores e pelo Estado. Em contrapartida, esta mudança seria acompanhada por um aumento automático dos salários para que os trabalhadores pudessem compensar a quotização que os empresários deixariam de pagar.

O ministro da Segurança Social, Romain Schneider, reagiu à notícia com espanto. "Eu não sei como então o sistema iria funcionar", disse o governante salientando que seria difícil imaginar o resultado se um dos parceiros faltasse ao financiamento. "Não vejo com bons olhos esta iniciativa dos empresários", concluiu o ministro.

Romain Schneider disse ainda que tal medida implicaria alterar o Código do Trabalho e do Código de Segurança Social, em particular.

Para já, o Governo "não vai agir sob pressão", considerando que tal mudança requer tempo e reflexão.

Romain Scnheider não quer pressão sob o Governo
Romain Scnheider não quer pressão sob o Governo
Foto: Pierre Matgé



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